Nesta segunda-feira (20), Gilmar Mendes completa 20 anos de atuação como ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). O garantista foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Mato-grossense de Diamantino, hoje com 66 anos, é o mais antigo dos ministros da Corte e deve permanecer nesta condição de decano por mais 8 anos e 6 meses, até a data da aposentadoria compulsória.
Advogado-geral da União durante o governo de Cardoso, ele foi indicado em meio a um projeto de filiação ao PSDB, o mesmo do então presidente.
Durante sua sabatina, pela primeira e única vez até hoje, alguém de fora do Congresso Nacional pediu a palavra para contestar a indicação do candidato a ministro do STF.
O então presidente da OAB, Reginaldo de Castro, afirmou que Mendes não teria atuado como advogado em nenhuma ação, o que seria um requisito para ser ministro do STF.
Senadores do PT, diante da atuação polêmica de Mendes na defesa dos interesses do governo FHC, pediram vista do seu processo de indicação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O que atrasou sua aprovação. Gilmar acabou aprovado por 57 votos a favor e 15 contra.
Quando presidiu a Corte entre 2008 e 2010, ele firmou um pacto com os demais Poderes para aprovar uma agenda de reformas legislativas. Manteve com Lula uma relação próxima, assim como dialogou permanentemente com o presidente Michel Temer e com o atual presidente Jair Bolsonaro.