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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (31) que a abertura do inquérito ilegal das fake news foi um ‘acerto histórico’. A declaração foi feita durante evento na Fundação FHC, em São Paulo.
“Se não tivesse esse inquérito, as agressões teriam aumentado de forma exponencial até uma ruptura”, defendeu o ministro do STF.
A investigação foi instaurada de forma monocrática por ordem do então presidente do STF, Dias Toffoli. Alexandre de Moraes foi escolhido relator do inquérito, também de maneira monocrática.
“Não achem que eu pedi para ser o relator, foi goela abaixo”, afirmou Moraes no evento.
O ministro do STF contou que a investigação foi aberta por iniciativa do próprio tribunal, em meio a uma escalada de ameaças aos ministros, porque a Polícia Federal (PF) não teria respondido aos apelos de Toffoli.
“Você não tem resposta da PF, o risco pessoal e profissional aumenta, nós vamos, enquanto Brasil e enquanto instituição, esperar pra ver o que ocorre? Foi um acerto histórico do ministro Dias Toffoli como presidente do STF”, disse Moraes.
Na época, a decisão gerou uma onda de críticas ao STF, porque na prática o tribunal abriu a apuração e passou a equilibrar os papéis de ‘vítima’, ‘juiz’ e ‘delegado’ do caso.
“A forma de utilização tradicional dos mecanismos era insuficiente. Toffoli já havia enviado mais de 30 ofícios à Polícia Federal. Estavam todos parados”, afirmou o ministro.
“Ou você interpreta finalísticamente ou você entrega a chave do Supremo Tribunal Federal”, continuou.