Nesta terça-feira (25), Michelle Bolsonaro afirmou que teve conhecimento sobre o 2º conjunto de joias sauditas. Porém, a ex-primeira-dama negou que tenha recebido em mãos as joias.
No entanto, Michelle admitiu em conversa com jornalistas que os objetos chegaram ao Palácio da Alvorada. “Foi tudo feito pelo trâmite administrativo”, disse.
Questionada se o material foi entregue em mãos, Michelle respondeu: “Eu não [recebi]. Estava no Alvorada. Ela é passada pela administração”.
Hoje, o jornal O Estadão revelou que uma servidora do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica disse à PF que a ex-primeira-dama teve contato direto com o 2º conjunto de joias masculinas, trazido pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque em outubro de 2021.
“Essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas. Então, estão me associando ao primeiro caso, quando eu falei que não sabia, e não sei mesmo. Tanto que essas joias continuam apreendidas e essa do Alvorada está na Caixa Econômica Federal. O que eu tenho a ver com isso?”, disse Michelle para jornalistas nesta tarde.
Em nota encaminhada à CNN Brasil, a assessoria de imprensa da ex-primeira-dama afirmou que Michelle desconhecia a existência e o conteúdo dos presentes doados pela Arábia Saudita.
“Ela soube pela imprensa brasileira”, de acordo com o recado da assessoria. “O kit feminino está em posse da Receita Federal desde novembro de 2021. O kit masculino foi recebido pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) em novembro de 2022 e foi repassado para a Caixa Econômica Federal. No depoimento da servidora do GADH, ela não diz que as joias estavam nas mãos da então primeira-dama e sim que ouviu isso de terceiros”, diz a nota da ex-primeira-dama.
O Gabinete Adjunto de Documentação Histórica atua para o Gabinete Pessoal da Presidência da República e é responsável pela recepção e triagem de presentes oficiais.
O conjunto de joias teria sido entregue a Michele no dia 29 de novembro de 2022, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República, e conferido pessoalmente pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
O estojo contém um relógio de luxo da marca Chopard, que custa cerca de R$ 800 mil. As outras joias, cravejadas de ouro e diamantes, são um par de abotoaduras e um rosário.