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Por unanimidade, a Comissão de Anistia aprovou na tarde desta quarta-feira (03) o reconhecimento da condição de anistiada política da publicitária Clarice Herzog, viúva do jornalista croata naturalizado brasileiro Vladimir Herzog, torturado e morto pelo regime militar em 1975.
A decisão admite que o Estado brasileiro perseguiu, durante o regime militar, Clarice Herzog e sua família, em razão do movimento liderado pela publicitária para esclarecer o assassinato do marido.
A decisão também assegura à Clarice Herzog o direito a uma reparação econômica, que deverá ser paga pelo Ministério da Fazenda em até 60 dias após a publicação da portaria que reconhece a condição.
A indenização corresponderá ao período entre 25 de outubro de 1975, data da morte de Vladimir Herzog, e 5 de outubro de 1988 e não ultrapassará o teto de R$ 100 mil.
O julgamento da Comissão de Anistia, ocorrido no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, reconheceu que Clarice Herzog foi perseguida política por 13 anos.