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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou nesta sexta-feira (09) o Contorno Viário da Grande Florianópolis, uma obra rodoviária que recebeu um investimento de R$ 3,9 bilhões e foi administrada pela concessionária Arteris.
O novo contorno desvia todo o tráfego de longa distância da região metropolitana da capital catarinense, oferecendo uma alternativa ao trânsito intenso da BR-101.
A obra era aguardada há pelo menos dez anos pela população local. Lula destacou que, em 18 meses, o governo conseguiu retomar os investimentos e concluir o projeto, mencionando a importância do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o desenvolvimento do país e a coordenação das prioridades governamentais.
O presidente afirmou que se orgulha de inaugurar uma obra iniciada em 2008 e que, em seu governo, foi possível finalizar 40% das intervenções em um curto período, dentro de uma política de reconstrução e união.
O Contorno Viário da Grande Florianópolis foi projetado para melhorar a mobilidade na região, com 50 quilômetros de pistas duplas, seis acessos por trevos, sete pontes e quatro túneis duplos.
A rodovia, que tem velocidade operacional de 100 km/h, foi construída sem aclives ou declives acentuados, com curvas suaves que evitam a necessidade de reduções de velocidade, garantindo sua função como corredor expresso.
Cerca de 18 mil caminhoneiros deverão utilizar a nova via diariamente, o que deve reduzir o tráfego na BR-101 e o tempo de viagem em até 50% no horário de pico. Mais de 1,1 milhão de pessoas que vivem ou trabalham na área serão impactadas positivamente pela obra.
O governo também se preocupou com os impactos ambientais do empreendimento, implementando 13 programas de proteção aos ecossistemas locais.
Entre as ações realizadas estão o salvamento de fauna, a preservação da cultura indígena, o resgate de flora e o plantio compensatório de mais de 14 mil mudas de espécies nativas.
Além disso, cerca de 56 mil exemplares de espécies exóticas foram removidos, contribuindo para a regeneração da restinga.
Durante a construção, foram identificados mais de dez sítios arqueológicos, e 7.990 artefatos foram resgatados e preservados com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto também considerou a situação social e histórica das dez comunidades indígenas Guarani que vivem próximas às obras. Medidas de redução de impacto foram desenvolvidas de forma participativa para atender às necessidades dessas comunidades.