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Nesta segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a deputada estadual Macaé Evaristo, do PT de Minas Gerais, como a nova ministra dos Direitos Humanos. Ela substituirá Silvio Almeida, que foi demitido na semana passada após denúncias de assédio sexual envolvendo mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
“Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, escreveu Lula em rede social.
Macaé Evaristo, com uma longa carreira na educação, começou a lecionar aos 19 anos e ocupou o cargo de secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão no Ministério da Educação (MEC) entre 2013 e 2014, durante a gestão do então ministro Aloizio Mercadante.
A escolha de Macaé foi feita a pedido da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e de membros mineiros do partido, que se sentiram marginalizados no governo. Gleide Andrade, tesoureira do PT e mineira, também foi uma das principais apoiadoras da indicação.
Lula recebeu Macaé Evaristo no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira. A deputada já era considerada a principal favorita para o cargo, e outros candidatos foram apenas cogitados caso as negociações com ela não avançassem.
Havia preocupações sobre a possibilidade de Macaé disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, o que poderia impedir sua permanência até o final do mandato presidencial.
Além de Macaé, nomes como o da ex-ministra Nilma Lino Gomes, ex-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Dilma, e o do secretário licenciado da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, foram considerados. No entanto, a escolha de Freitas foi vista como uma tentativa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, de aumentar sua influência no governo.
Atualmente, o Ministério dos Direitos Humanos está sendo temporariamente conduzido por Esther Dweck, que acumula a função com o cargo de ministra da Gestão e da Inovação em Serviço Público.
A demissão de Silvio Almeida foi decidida após a confirmação das denúncias de assédio sexual pela organização Me Too Brasil. Almeida nega as acusações e expressou sua indignação, afirmando: “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.”