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Dados recentes do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) revelam que mais de 67 mil eleitores anularam seus votos para a prefeitura da capital paulista durante o primeiro turno das eleições, optando por votar em partidos políticos associados a padrinhos políticos, em vez de escolher candidatos específicos.
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Luiz Inácio Lula da Silva, que pela primeira vez desde a redemocratização não apresentou um candidato próprio para o cargo, registrou a maior quantidade de votos anulados. No total, 48.131 eleitores direcionaram suas escolhas ao número 13 do PT, que, a pedido de Lula e do ex-prefeito Fernando Haddad, decidiu apoiar a candidatura de Guilherme Boulos, do PSOL (número 50).
Boulos avançou para o segundo turno em uma disputa acirrada contra o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, e o empresário Pablo Marçal (PRTB). Nunes liderou as votações com 1.801.139 votos, representando 29,48% dos votos válidos. Boulos seguiu de perto, com 1.776.127 votos (29,07%), enquanto Marçal obteve 1.776.127 votos (28,14%).
A quantidade significativa de votos nulos destinados ao PT pode ter alterado o resultado da eleição. Se esses votos fossem contabilizados para Boulos, ele teria alcançado a primeira colocação nas urnas. Mesmo considerando os 18.899 votos anulados que foram direcionados ao PL, partido que apoia Nunes, o atual prefeito não teria superado Boulos.
Votos no Primeiro Turno
Aqui estão os resultados da apuração do primeiro turno para a prefeitura de São Paulo:
- Ricardo Nunes (MDB): 1.801.139 votos (29,48%)
- Guilherme Boulos (PSOL): 1.776.127 votos (29,07%)
- Pablo Marçal (PRTB): 1.776.127 votos (28,14%)
- Tabata Amaral (PSB): 605.552 votos (9,91%)
- Datena (PSDB): 112.344 votos (1,84%)
- Marina Helena (Novo): 84.212 votos (1,38%)
Os dados mostram que a diferença de votos entre Boulos e Marçal foi de apenas 56 mil. Além disso, 756 eleitores escolheram o número 17, do PSL, partido anteriormente liderado por Jair Bolsonaro.