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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), anunciou nesta segunda-feira (26) que vai acionar o Conselho de Ética da Casa contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitar pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abrir um inquérito para investigar declarações do parlamentar.
Segundo a PGR, o inquérito é resposta a uma representação criminal apresentada por Lindbergh. O documento cita publicações nas redes sociais e entrevistas de Eduardo que, segundo o órgão, configurariam tentativa de intimidar autoridades envolvidas na ação penal que tramita no Supremo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai.
“Estamos acionando o Conselho de Ética porque ele ainda é deputado, apesar de estar afastado. É o momento de defender o nosso país de uma agressão, e essa agressão está sendo estimulada por um deputado que ainda tem mandato. Espero que isso tenha consequências e resulte em punição”, disse Lindbergh a jornalistas.
Para o petista, Eduardo Bolsonaro atenta contra a soberania nacional ao articular, com autoridades estrangeiras, a imposição de sanções a ministros do STF. O deputado está licenciado desde 20 de março e tem retorno previsto à Câmara em 20 de julho.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Eduardo vem, desde 2024, “reiteradamente e publicamente afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo”.
Na decisão que autorizou o inquérito, Moraes determinou que a Polícia Federal monitore as redes sociais de Eduardo Bolsonaro e convoque, no prazo de dez dias, o parlamentar, seu pai e Lindbergh Farias para prestar esclarecimentos. O ministro também destacou que o ex-presidente foi incluído por ser “diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.
