Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Câmara dos Deputados deu nesta quarta-feira (22) o primeiro passo para oficializar a bancada cristã como nova força política dentro da Casa. Por 398 votos a favor e 30 contra, os parlamentares aprovaram o regime de urgência do projeto que cria uma liderança cristã com direito a voto no colégio de líderes, grupo que define a pauta do plenário.
A aprovação do regime de urgência permite que o texto seja votado diretamente em plenário, sem passar pelas comissões, embora ainda não haja data definida para a apreciação do mérito.
De acordo com a proposta, a bancada será composta por uma coordenação-geral e três vices-coordenadorias, representando as frentes evangélica e católica. O deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) será o coordenador-geral do grupo, cargo que acumula com a presidência da Frente Parlamentar Evangélica.
O novo bloco pretende representar aproximadamente 300 deputados, entre evangélicos, católicos e aliados de pautas conservadoras. Com a criação da liderança, o grupo terá direito a voz e voto nas reuniões de líderes partidários e poderá se manifestar por cinco minutos semanalmente em plenário.
A iniciativa busca igualar o status da bancada cristã ao das bancadas feminina e negra, que já possuem liderança formal. Nos bastidores, a movimentação é interpretada como um gesto político de aproximação com o eleitorado religioso e com a base conservadora, em um momento em que o Congresso discute temas sensíveis.
O clima da votação combinou fé e política: antes da sessão, deputados participaram de culto ecumênico, com presença do presidente da Câmara, Hugo Motta, ao lado da esposa, Luana Medeiros. O deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) encerrou o ato cantando uma música que pedia anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.