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Os tempos de espera para o diagnóstico de demência podem piorar significativamente, de acordo com modelos matemáticos baseados no envelhecimento da população dos EUA. Até 2033, se médicos de atenção primária continuarem a utilizar apenas as avaliações cognitivas atuais para determinar a demência, as pessoas poderão esperar, em média, quase seis anos para descobrir se são elegíveis para novos tratamentos para Alzheimer.
Esses dados foram revelados por um estudo apresentado no domingo na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer de 2024, realizada na Filadélfia.
Contudo, se forem utilizados exames de sangue precisos, os tempos de espera poderão ser reduzidos para entre seis e 13 meses.
A diminuição do tempo de espera se deve ao fato de que menos pessoas precisariam consultar especialistas ou realizar testes adicionais.
Ainda assim, não se deve esperar que os testes de sangue para Alzheimer se tornem uma prática comum nos consultórios de médicos de atenção primária no curto prazo.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados positivos apresentados em estudos, estabelecer diretrizes para o uso desses testes pelos médicos e educar os profissionais sobre possíveis nuances.
Segundo o especialista Isaacson, apesar de ser um grande entusiasta desses testes, eles ainda não são totalmente conclusivos. Se o teste de sangue for positivo, é necessário confirmar o diagnóstico por meio de um PET scan ou punção lombar.
Um resultado negativo é encorajador, mas um resultado inconclusivo ainda não tem um significado definido.
Enquanto isso, estudos têm demonstrado que existem várias ações que as pessoas podem adotar para prevenir ou retardar o declínio cognitivo. Entre essas ações estão a prática regular de exercícios, o seguimento de uma dieta ao estilo mediterrâneo e o tratamento de fatores de risco vasculares, como hipertensão, colesterol alto e diabetes.
Isaacson destaca que o objetivo é utilizar apenas exames de sangue da mais alta qualidade para não apenas ajudar no diagnóstico precoce de Alzheimer, mas também para avaliar a resposta às intervenções destinadas à redução do risco. Ele conclui afirmando que estamos vivendo tempos muito esperançosos.