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Falar sobre sexo já é tabu em várias faixas etárias, mas, na terceira idade, o tema é ainda menos discutido. A falta de informação e preconceitos reforçam estigmas que impactam a qualidade de vida e a saúde emocional de muitas pessoas mais velhas. No entanto, a sexualidade está longe de ser exclusividade da juventude.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) de 2023 desmistifica esse mito: 37% dos frequentadores de moteis têm entre 50 e 65 anos. A conclusão é clara – o prazer não tem idade. Segundo o Dr. Vitor Mello, sexólogo e especialista em harmonização íntima masculina, “A sexualidade não desaparece, ela apenas se transforma. Prazer e intimidade continuam sendo fundamentais para o bem-estar, seja aos 20 ou aos 80”.
O especialista explica que mudanças hormonais, doenças crônicas e a saúde emocional influenciam a intimidade, mas isso não precisa significar o fim do desejo. Muitos idosos ainda buscam prazer e conexão, e a sexualidade é uma importante expressão de afeto e autoestima. ‘’Manter uma vida sexual ativa na terceira idade traz diversos benefícios. Além de melhorar o humor e reduzir a ansiedade, a atividade sexual estimula o cérebro e ajuda a manter a memória afiada. Também é uma forma de exercício, contribuindo para a saúde do coração e promovendo um sono mais reparador’’, resume.
Outras dúvidas comuns sobre libido e sexualidade na terceira idade
Disfunção erétil é inevitável?
Não. Embora a chance de disfunção erétil (DE) aumente com a idade, ela não é obrigatória. Dr. Vitor destaca que há vários tratamentos eficazes – incluindo medicamentos e reposição hormonal que podem melhorar a performance sexual.
E a libido na menopausa?
A menopausa pode reduzir a libido, mas não precisa encerrá-la. Com novas formas de intimidade, lubrificantes e terapias hormonais, muitas mulheres redescobrem o prazer nessa fase.
É seguro fazer sexo na terceira idade?
Com a expectativa de vida aumentando, o risco de ISTs também cresce entre os mais velhos. O uso de preservativos é fundamental, independentemente da idade, para prevenir doenças como HIV e sífilis.
Orgasmos ainda são possíveis?
Sim! O corpo pode mudar, mas a capacidade de sentir prazer permanece. Técnicas de relaxamento, brinquedos eróticos e até terapia sexual ajudam a manter a satisfação elevada. “O orgasmo não tem prazo de validade”, brinca o sexólogo.
No entanto, muitas dessas questões podem ser tratadas com acompanhamento médico e terapias adequadas, incluindo reposição hormonal e o uso de medicamentos para disfunções eréteis. “Buscar prazer e conexão é algo natural em qualquer fase da vida, e o apoio profissional pode ajudar a superar obstáculos”, ressalta.
Mercado erótico também acompanha
Outro indicador interessante é o crescimento do mercado de produtos eróticos voltados para a terceira idade. No site Shopee, as buscas por sex shop por usuários com mais de 65 anos cresceram 77% no último ano.
“O prazer não tem idade”, afirma o Dr. Vitor Mello. Ele ressalta que “muitas mulheres mais velhas enfrentam dor durante a penetração, e, para elas, dilatadores vaginais podem ser uma solução eficaz. Além disso, massageadores terapêuticos são ótimos aliados para aquelas que lidam com incontinência urinária, ajudando a recuperar o prazer.”
Assim, a sexualidade na terceira idade vai muito além do prazer: é um componente para a saúde e a qualidade de vida. Como conclui Mello: “Manter uma vida sexual ativa na terceira idade é uma forma de cuidar do corpo, da mente e das emoções.”
Dr. Vitor Mello é Biomédico, referência nacional em harmonização íntima masculina, criador do método Overpants, e sexólogo. Ele realizou diversos procedimentos estéticos íntimos em famosos e anônimos. Além de ser uma figura renomada no campo da sexualidade, Dr. Mello é conhecido por sua abordagem inovadora e seus métodos que visam melhorar a confiança e a satisfação pessoal de milhares de homens no Brasil.