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A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) entregaram ao Brasil, nesta segunda-feira (11), o certificado de eliminação da filariose linfática — conhecida como elefantíase — no território nacional. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebeu o documento, oficializando o reconhecimento.
A certificação, já recebida por Nísia em setembro e apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, foi formalizada em cerimônia nesta segunda-feira.
O Brasil agora integra o grupo de 20 países que eliminaram a elefantíase como problema de saúde pública, segundo a OMS.
Esse reconhecimento indica que, após ações preventivas, a doença não apresenta novos casos no país, embora a transmissão possa teoricamente ocorrer caso o agente causador ainda esteja presente.
No Brasil, o último registro de elefantíase foi feito em 2017, na região metropolitana de Recife (PE). Desde então, o Ministério da Saúde mantém o monitoramento dos pacientes e adota políticas públicas para prevenir a transmissão. A elefantíase, provocada pelo nematoide Wuchereria bancrofti, é transmitida pela picada de mosquitos infectados, causando edemas nos membros, seios e na bolsa escrotal, podendo levar à incapacidade motora.
A secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel, destacou que o título da OMS/Opas reconhece um esforço de décadas no combate à doença. Em 1997, o Brasil implementou políticas públicas focadas no controle de mosquitos, distribuição de medicamentos antiparasitários e ações de vigilância sanitária nas áreas mais afetadas. Essas ações resultaram na interrupção da transmissão, como apontam dados do Sistema Único de Saúde (SUS) vinte anos depois.
Após solicitar a certificação em 2023, o Brasil teve seu histórico de combate à elefantíase analisado por uma comissão externa da OMS/Opas, que confirmou o cumprimento de todos os requisitos. A eliminação da elefantíase integra as metas do programa Brasil Saudável, lançado pelo governo Lula, visando a erradicação de 14 doenças que afetam principalmente populações vulneráveis.
Ethel Maciel celebrou a conquista, reforçando o compromisso do ministério em seguir com a vigilância ativa e o acompanhamento dos casos já diagnosticados para evitar o retorno da doença.