Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Empresário Allan Barros, conhecido nas redes sociais como Allan Deivid de Barros, foi preso em Curitiba durante a Operação Fast da Polícia Federal, que investiga uma associação criminosa suspeita de aplicar golpes com criptomoedas e NFTs.
Barros, que ganhou notoriedade após ser expulso de uma padaria em Barueri por usar notebook, é um dos cinco detidos pela PF. A investigação aponta que o grupo movimentou cerca de R$ 100 milhões em fraudes, lesando até 20 mil pessoas em Santa Catarina e no Paraná.
O golpe consistia na venda de uma criptomoeda “fantasma”, com suposto valor atrelado a parcerias com empresas e promessa de altos lucros. As vítimas, após comprarem a moeda digital, não conseguiam negociá-la, pois ela ficava presa em um banco digital criado pelo grupo.
Barros e os demais envolvidos podem ser condenados a até 28 anos de prisão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A defesa do empresário nega as acusações e afirma que ele e sua empresa “nunca foram objeto de processos por parte de investidores”.
Relembre o caso da padaria:
Em janeiro, Barros foi filmado discutindo com um funcionário de uma padaria em Barueri após ser proibido de usar o Wi-Fi do local para trabalhar em seu notebook. O vídeo viralizou nas redes sociais e gerou debate sobre o direito de uso de espaços públicos para trabalho remoto.
A operação teve seu epicentro em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, onde a organização criminosa tinha sua base. Em nota, a defesa de Barros e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA.
Leia a nota da defesa empresário:
A defesa de Alan Deivid de Barros e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., representada pelo Dr. Leonardo Bueno Dechatnik, vem a público esclarecer informações a respeito da Operação Fast, na qual nosso cliente é investigado.
Desde o início das investigações, temos mantido uma postura colaborativa com as autoridades, buscando esclarecer os fatos da forma mais transparente e eficaz possível.
É importante salientar que o processo corre em segredo de justiça, o que nos impede de divulgar detalhes específicos sobre o caso neste momento. No entanto, é do interesse de nosso cliente que a verdade seja plenamente esclarecida.
Refutamos categoricamente a alegação de que nosso cliente tenha subtraído a quantia de R$ 100.000.000,00 ou que tenha prejudicado entre 5 a 22 mil pessoas. Esses números, mencionados no relatório policial, são baseados em suposições da autoridade policial, sem comprovação efetiva. Até o momento, somente um número ínfimo dessas supostas vítimas efetuou denúncias formalmente, sendo a maior parte destas ex-colaboradores e concorrentes no setor empresarial.
Nosso cliente e sua empresa nunca foram objeto de processos por parte de investidores. Ademais, no relatório policial, identifica-se o caso de um indivíduo que se passou por vítima, mas que cometeu furtos de ativos virtuais da empresa e admitiu ter hackeado a plataforma. Sua confissão foi devidamente documentada em ata notarial, que foi anexada ao Boletim de Ocorrência e à notícia-crime, apresentada à delegacia de crimes cibernéticos de Curitiba.
Quanto à alegação de que os recursos subtraídos alcançam a cifra de R$ 100.000.000,00, é questionável a metodologia usada para chegar a tal conclusão, baseada em evidências frágeis como capturas de tela de conversas em aplicativos de mensagens e comentários não verificados.
Ressaltamos que a decisão de decretar prisão preventiva parece desproporcional, considerando que o caso não envolve violência ou grave ameaça, e que existem medidas cautelares mais adequadas para assegurar o andamento do processo. Alan Deivid de Barros, réu primário, profissional dedicado, não representa risco à sociedade.
A defesa está atuando de maneira criteriosa no acompanhamento da operação, e medidas judiciais estão sendo adotadas para corrigir o que consideramos ser uma arbitrariedade.
Estamos comprometidos em demonstrar a inocência de nosso cliente e esclarecer os fatos, sempre respeitando o processo legal e colaborando com as autoridades para a justa resolução deste caso.