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Nesta terça-feira (26), a Prefeitura do Rio de Janeiro exonerou funcionários vinculados à Família Brazão, incluindo o secretário de Ação Comunitária, após as prisões de Chiquinho e Domingos Brazão no domingo (24) pela Polícia Federal, por envolvimento com as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Também foi preso o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil na época do crime, conforme informado pela TV Globo.
Até fevereiro deste ano, Chiquinho Brazão ocupava o cargo de secretário de Ação Comunitária na prefeitura, mas renunciou quando seu nome começou a ser associado ao caso Marielle. Seus aliados foram mantidos na pasta até este mês. Seu substituto, Ricardo Martins David, indicado por ele, é sobrinho do bicheiro Anísio Abraão David e suplente na Câmara dos Deputados.
O relatório da Polícia Federal cita a sociedade no posto Parada 165, da qual Ricardo e os irmãos Domingos, Manoel e Chiquinho faziam parte. Ricardo também é investigado por seu envolvimento com a “farra do asfalto”.
A Prefeitura do Rio informou que Marli Peçanha, subprefeita de Jacarepaguá, reassume o cargo de secretária de Ação Comunitária, e que os funcionários exonerados eram indicações do partido Republicanos, que deixou o governo.
Outros nomes ligados à família Brazão que ocupavam cargos na prefeitura foram identificados, como o ex-vereador Professor Uóston e Roberto Peçanha Fernandes, investigado pelo Ministério Público. Na lista também estão Hugo Duarte Barbosa, Luiz Cláudio Xavier dos Reis Júnior e Zélio Ricardo Perdomo Portugal, que trabalhavam como assessores.
A influência da família Brazão também se estende à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde Manoel Brazão é deputado estadual e vice-presidente. O diretor da TV Alerj, Luciano Silva, é indicação da família, enquanto na Câmara Municipal, o vereador Waldir Brazão também carrega o sobrenome da família.
A Polícia Federal destacou a suspeita da influência da família em setores sensíveis, incluindo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que pode ter contribuído para a impunidade no caso Marielle e Anderson.