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Na noite da última terça-feira (9), a Justiça argentina determinou o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário do ex-presidente Alberto Fernández, em meio a acusações de desvio de verba através da contratação irregular de seguros para entidades estatais. A decisão, divulgada pelo jornal argentino Infobae, não só afeta Fernández, mas também seu amigo e corretor de seguros, Héctor Martínez Sosa, e Alberto Pagliano, ex-diretor da Nación Seguros. As informações são do jornal argentino Infobae.
Desde dezembro de 2021, durante o governo peronista, todas as entidades do setor público eram obrigadas a contratar apólices de seguros através da empresa Nación Seguros S.A, podendo até mesmo realizar subcontratações.
O juiz Julián Ercolini, a pedido do promotor Carlos Rívolo, determinou o envio das declarações juradas do ex-presidente, sua ex-secretária e outros ex-funcionários implicados no caso à Oficina Anticorrupção. Além disso, foi ordenado o levantamento do sigilo fiscal, bancário e da Unidade de Informação Financeira (UIF) de todos os envolvidos, visando uma investigação patrimonial conduzida pelo Ministério Público, com a colaboração da Procuradoria de Criminalidade Econômica e Lavagem de Ativos (PROCELAC).
No entanto, nem todos os bens de Fernández estão sujeitos à medida cautelar. Embora tenha declarado um patrimônio de $14 milhões em sua saída da presidência, o juiz não ordenou o bloqueio de suas contas bancárias, que totalizavam $3.533.314. Entre os bens alcançados pela medida estão parte de um estudo jurídico e um automóvel Toyota Corolla modelo 2020.
Quanto à ex-secretária de Fernández, María Cantero, ela declarou um patrimônio de $42.812.372 ao deixar seu cargo. Seus principais ativos incluem uma quantia significativa em dólares e outros ativos bancários.