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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, posicionou-se em defesa da nota emitida pelo Itamaraty em resposta ao ataque do Irã a Israel, afirmando que “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclama sempre ao entendimento entre as partes”.
No sábado passado (13), o Irã lançou mais de 300 drones mísseis contra Israel, além de capturar um navio de contêineres ligado a um empresário israelense pela Guarda Revolucionária iraniana.
Ao abordar o conflito, o governo brasileiro não emitiu condenações aos ataques, pedindo, em vez disso, “máxima contenção” para evitar uma “escalada”, uma postura que recebeu críticas.
Segundo Vieira, a nota do Itamaraty foi emitida logo após os ataques serem divulgados. Portanto, naquela ocasião, o foco era evitar uma declaração que pudesse “contaminar” a situação.
“A nota é essa, a nota foi feita. Foi feita à noite. Ela foi feita à noite em que todo o movimento começou e nós manifestamos o temor que o assunto, o início da operação, pudesse contaminar outros países. À noite, a todo momento em que não tínhamos, claro, a extensão ou o alcance das medidas tomadas. E sempre fizemos o que fazemos, sendo um apelo para a contenção e medição das duas partes”, explicou.
Questionado especificamente se o Brasil continua sem “condenar” o conflito, o ministro respondeu: “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e o Brasil conclama sempre o entendimento entre as partes”.
Apesar das críticas de entidades judaicas e da oposição por não condenar o ataque do Irã a Israel, o governo brasileiro ainda não prevê emitir um novo posicionamento sobre a tensão no Oriente Médio.