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‘Síndrome do Domingo’ afeta milhões de trabalhadores ao redor do mundo

Para muitas pessoas, o domingo ao entardecer é um momento de inquietude e desconforto. Alguns simplesmente se entristecem porque o fim de semana acabou, mas em outros a preocupação e o nervosismo aumentam devido à grande quantidade de tarefas no trabalho a serem realizadas e aos problemas a enfrentar.

Ao que parece, a ansiedade do domingo à noite e o desconforto da segunda-feira de manhã são problemas que se agravaram. Um novo estudo liderado por Ilke Inceoglu, professora de Comportamento Organizacional e Gestão de Recursos Humanos da Universidade de Exeter, no Reino Unido, descobriu que muitos funcionários experimentam os chamados “domingos aterrorizantes” ou “medos do domingo”.

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Esse fenômeno se manifesta como uma preocupação mental pela semana seguinte, assim como sentimentos de medo, nervosismo e dificuldades para dormir.

A psicóloga Analía Tarasiewicz (MN 57898), formada pela Universidade de Buenos Aires (UBA), especializada em problemas no trabalho, pós-graduada em Marketing Estratégico e Negócios e coach profissional, afirmou: “Para muitos, os domingos costumam ser momentos de descanso, relaxamento e prazer, sozinhos ou acompanhados por entes queridos. No entanto, para muitos outros, é o início de um novo capítulo de uma série de terror que parece não ter fim.”

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“Neles, pensamentos negativos e, em muitos casos, assustadores podem surgir, causando desequilíbrios emocionais e até aumentando os sintomas de tendências psíquicas como ansiedade, depressão, fobias, entre outros”, destacou Tarasiewicz.

Além disso, os “domingos aterrorizantes” podem se manifestar fisicamente com palpitações, transpiração, dificuldade para respirar, tremores, dor de estômago e dor de cabeça.

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A psicóloga Gabriela Martínez Castro (MN 18627), diretora do Centro de Estudos Especializados em Transtornos de Ansiedade (CEETA), explicou à Infobae: “As pessoas se angustiam nos domingos porque esses dias à tarde são, em geral, momentos de inatividade: se alguém não está satisfeito com sua vida; não está feliz com seu trabalho ou não tem trabalho; não está bem com o parceiro ou a família ou sofreu perdas, nessa situação a pessoa entra em contato consigo mesma. Talvez faça um balanço e este não seja muito positivo, todos temos alguma situação negativa para lidar.”

Os descobrimentos do estudo

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Os pesquisadores da Universidade de Exeter realizaram uma pesquisa com 656 participantes que responderam a perguntas durante três domingos e segundas-feiras. Eles descobriram que os limites entre a vida familiar e profissional se tornaram mais difusos desde a pandemia, intensificando o problema. Além disso, nas entrevistas, descobriram que mesmo aqueles que amam seus trabalhos também experimentam tristeza, portanto, a “síndrome do domingo” não se limita apenas a pessoas infelizes no trabalho.

Inceoglu também descobriu que esses “medos dominicais” eram particularmente pronunciados entre pessoas que frequentemente checavam seus e-mails durante o fim de semana, tinham tarefas pendentes da semana anterior e eram muito exigentes consigo mesmas.

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Já antes da pandemia, as segundas-feiras eram particularmente difíceis para alguns. Um estudo que acompanhou 87 funcionários durante 12 dias descobriu que seu humor e níveis de energia melhoravam à medida que a semana avançava, atingindo o pico na sexta-feira e depois ficando muito baixos na segunda-feira.

A tristeza do primeiro dia da semana parece ser compartilhada em muitas culturas: um estudo realizado em 46 países descobriu que a segunda-feira é o dia em que as pessoas têm menos probabilidade de dizer que é um “bom dia”.

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As percepções subjetivas que as pessoas têm sobre os dias da semana também parecem influenciar os padrões de comportamento. Por exemplo, os economistas observaram um efeito de “segunda-feira azul” em muitos mercados financeiros, com investidores mais pessimistas nesse dia da semana. Outro padrão de comportamento mais comum às segundas-feiras é o suicídio: estudos japoneses e coreanos descobriram que as pessoas têm muito mais probabilidade de se suicidar às segundas-feiras.

“Muitos dos meus pacientes sofrem em silêncio até que possam falar sobre isso. Os mais introvertidos tendem a se fechar, os perfeccionistas entram em ciclos de pensamentos em looping, os mais hiperativos tendem a ficar mais irritáveis ou agressivos, e assim por diante… cada personalidade enfrentará esse ‘pré-segunda-feira’ de acordo com sua evolução psicoemocional diante do que o trabalho significa para cada um e até mesmo o tipo de organização ou cultura para a qual terá que ir trabalhar no dia seguinte”, explicou Tarasiewicz.

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E ela acrescentou que as pessoas tendem a agir a partir dessas emoções e a realizar comportamentos que pioram a situação: “Checar e-mails, verificar pendências, fazer cálculos, pensar ‘e se…’, elaborar estratégias para possíveis cenários, tudo isso eventualmente causa ainda mais cansaço, exaustão, insônia, afeta o relacionamento com a família, o parceiro e consigo mesmo. É uma desconexão profunda que nos isola de uma realidade que poderia ser muito mais positiva se gerenciássemos a energia de outra forma”, afirmou a psicóloga.

Por que o desconforto aumentou

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“Após a pandemia, muitos comportamentos, como os que mencionei, se tornaram mais comuns, pois os limites entre vida pessoal e profissional se tornaram mais difusos; a demanda e a hiperexigência aumentaram e a solidão de estar em casa e não conversar com outras pessoas gerou, em certos casos, isolamento social”, expressou a psicóloga.

Tarasiewicz disse que ao longo do tempo começam a surgir padrões novos de comportamento que afetam o sistema imunológico, “elevam hormônios que produzem estados de estresse crônico, como o cortisol, e tornam nossos dias um panorama cinzento”.

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A psicóloga descreveu que a síndrome do domingo diminui a produtividade, piora o desempenho, causa mais absenteísmo e licenças. “Há pessoas que reagem de forma diferente a essa tristeza, tornam-se hiperprodutivas e buscam compensar a angústia com reconhecimento e elogios, depois acabam doentes com picos de estresse, burnout, entre outras patologias. Os extremos nunca serão um bom método de enfrentamento diante dos sintomas dominicais”, destacou a especialista.

Como lidar com essa síndrome

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Há muitas coisas que não podem ser controladas, mas também existem muitas ações que podem ser realizadas para conter todas essas incertezas e recuperar o bem-estar.

Tarasiewicz propôs “pensar em uma estratégia 360°, planejando ações em três níveis: “Desde a profundidade, abordar o significado do trabalho, observar o que nos faz sentir assim em relação aos nossos papéis, tarefas, cultura organizacional e líderes”.

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E continuou: “Um segundo nível visa verificar se o trabalho está conectado ao nosso propósito ou se está alinhado com algum mandato ou trauma ou situação não resolvida que precise ser tratada fora do nosso papel atual. Isso último é vital e é o que 90 por cento dos pacientes acabam descobrindo que sofrem. Em geral, essa angústia não é um problema de trabalho, é uma questão mais profunda que se reflete ali e requer outro tipo de intervenção.”

Por fim, a psicóloga recomendou lidar com os sintomas: “Aqui será necessário trabalhar na respiração, técnicas de meditação, fazer uma pausa para nos ouvirmos, realizar pequenas ações que permitam restaurar nossa energia, sozinhos ou com nossos entes queridos”.

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10 maneiras de combater a “síndrome do domingo”

1. Estabelecer limites claros, desconectar-se das comunicações do trabalho durante o fim de semana e dedicar tempo a atividades de lazer e descanso”, afirmou Tarasiewicz.

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2. Planejar atividades no domingo completamente diferentes das que costumam ser feitas nesse dia. A psicóloga Gabriela Martínez Castro recomendou “planejar atividades como se fosse um dia de sexta-feira ou sábado, sem contar com ir dormir cedo porque no dia seguinte é preciso acordar cedo, mas considerando as horas de sono necessárias para o dia seguinte”. É como uma espécie de “engano” feito ao cérebro.

3. Priorizar o sono, o movimento e a alimentação saudável. “Cumprir as 8 horas de sono; não alterar muito os horários do almoço (não mais do que uma hora e meia) nem do jantar”, expressou Martínez.

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4. Criar uma rotina para o domingo à noite. Assistir à série favorita ou preparar uma refeição especial. “Nossos corpos e mentes adoram consistência e rotina”, recomendou em sua coluna na Cleveland Clinic a psicóloga Susan Albers.

5. Mudar a forma de pensar sobre o fim de semana. Um estudo nos Estados Unidos descobriu que quando os participantes foram orientados a encarar seu fim de semana como um pequeno feriado, tendiam a realizar atividades mais estimulantes e voltavam ao trabalho na segunda-feira com mais energia e satisfação.

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6. Redesenhar as segundas-feiras. Os pesquisadores apontaram que é provável se sentir mais deprimido no primeiro dia da semana porque se tem níveis mais baixos de autonomia (não podemos fazer o que gostamos), de relacionamento (não podemos estar com pessoas que são importantes para nós) e de competência (não temos a experiência de sentir que somos realmente bons em fazer algo). Introduzir mudanças simples, como marcar um almoço com alguém querido, pode fazer a diferença, dizem os especialistas.

7. Visualizar um domingo melhor. Imaginar passar o dia tranquilamente em sua mente. As pesquisas indicam que imagens positivas podem acalmar e aumentar o bem-estar.

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8. Praticar exercícios físicos. O movimento é um antidepressivo natural. Certificar-se de programar alguma atividade física todos os domingos para ajudar a estimular as “hormonas da felicidade” que fazem o cérebro se sentir bem.

9. Criar uma lista de tarefas pendentes para segunda-feira. Antes de ir para a cama, anotar as coisas mais importantes a fazer na segunda-feira de manhã. Isso pode ajudar a liberar preocupações da mente e organizar os pensamentos para dormir muito mais facilmente.

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10. Procurar ajuda profissional: Se a angústia do domingo for severa ou persistente, uma consulta a um psicólogo pode fornecer ferramentas e apoio para enfrentá-la.

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