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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) recebeu do governo argentino uma lista dos indivíduos foragidos em decorrência dos atos de 8 de janeiro de 2023, os quais se encontram atualmente em território argentino. O material foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a operação Lesa Pátria, indivíduos suspeitos de participação nos atos cruzaram a fronteira para a Argentina e solicitaram refúgio.
No início deste mês, a Polícia Federal (PF) lançou uma operação para capturar os envolvidos que descumpriram medidas judiciais cautelares ou fugiram para o exterior.
Além da Argentina, a PF investiga a possibilidade de outros acusados estarem no Paraguai e no Uruguai. Estima-se que aproximadamente 180 pessoas estejam fora do país.
“O embaixador afirmou que Milei não deve ajudar brasileiros foragidos na Argentina”, declarou uma fonte do governo.
Autoridades argentinas identificaram cerca de 65 desses indivíduos. Segundo relatos, nenhum deles passou pelos controles migratórios ao entrar na Argentina.
Investigações indicam que alguns dos foragidos podem ter ingressado no país vizinho clandestinamente, inclusive em porta-malas de veículos, atravessando a ponte na fronteira ou cruzando o rio Paraná, todos em 2024.
O governo brasileiro planeja solicitar a extradição dessas pessoas.
Relembrando a operação, que ocorreu em 6 de junho, é uma nova fase da Operação Lesa Pátria. Os envolvidos, de acordo com a PF, descumpriram medidas cautelares judiciais ou fugiram para o exterior com a intenção de evitar a aplicação da lei penal.
Segundo investigadores, a Argentina é a principal rota de fuga.
Entre os descumprimentos das medidas judiciais estão a violação de tornozeleiras eletrônicas, mudança de endereço sem aviso prévio e ausência em convocações judiciais.
Os nomes dos foragidos que não forem capturados serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).