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No mundo dos relacionamentos, uma nova tendência está ganhando atenção — e ela pode ser mais prejudicial do que aparenta. Conhecida como “floodlighting”, essa prática envolve a exposição excessiva de informações pessoais logo no início de um relacionamento, com a intenção de estabelecer uma conexão emocional prematura e, muitas vezes, manipulativa.
O conceito de floodlighting, embora pareça um movimento vulnerável, é na verdade uma tática emocionalmente manipulativa. Em um primeiro encontro, a pessoa utiliza o compartilhamento de dramas de relacionamentos passados e traumas pessoais para criar empatia e acelerar a intimidade. “Floodlighting. É o oposto de vulnerabilidade, mas se apresenta como alguém muito aberto e vulnerável”, explicou a podcaster Becca Tobin em um vídeo no TikTok. Segundo Tobin, esse comportamento age como uma armadura, onde a pessoa revela detalhes íntimos para estabelecer um falso senso de confiança.
Jessica Alderson, cofundadora do aplicativo de namoro So Synced, explicou que a prática envolve compartilhar uma grande quantidade de detalhes pessoais de uma vez, testando os limites da outra pessoa e tentando acelerar a intimidade. “É uma maneira de ver se a outra pessoa pode ‘lidar’ com essas partes de você”, disse Alderson.
O problema com o floodlighting, segundo especialistas, é que ele pode criar uma dinâmica emocionalmente desequilibrada. A pessoa que está sendo alvo dessa técnica pode se sentir sobrecarregada, pois recebe informações pessoais e emocionais intensas muito rapidamente. Isso pode fazer com que o parceiro se sinta forçado a assumir um papel de “cuidador emocional”, enquanto o outro se coloca como “frágil”. Esse desequilíbrio pode resultar em exaustão emocional e até sufocamento por parte da pessoa que não está preparada para lidar com tanto conteúdo pessoal de forma acelerada.
Os especialistas alertam que, embora a vulnerabilidade seja essencial para estabelecer conexões genuínas em um relacionamento, compartilhamentos excessivos de informações podem ser manipulativos e prejudiciais. Alderson também ressalta que o floodlighting pode ser explorado por pessoas com más intenções, como trapaceiros, que buscam criar uma falsa sensação de intimidade para conquistar o outro.
Além disso, o floodlighting não é a única estratégia enganosa que tem surgido no mundo dos encontros. Outras técnicas, como o “hoodfishing” — onde alguém mente sobre sua cidade natal para parecer mais credível — e o “throning”, que envolve namorar apenas pessoas que possam aumentar o status social, também têm ganhado destaque.
Em última análise, os especialistas afirmam que o floodlighting pode ser emocionalmente desgastante e potencialmente perigoso, criando dinâmicas unilaterais em que uma das partes carrega o peso das emoções do outro sem uma troca genuína e equilibrada.
