O grupo terrorista Hamas anunciou na segunda-feira (23) que libertou mais duas mulheres israelenses que estavam sendo mantidas reféns na Faixa de Gaza desde os ataques de 7 de outubro.
O braço militar do grupo islâmico disse em comunicado que os dois foram libertados por razões “humanitárias convincentes”, após mediação do Catar e do Egito. As mulheres, Nurit Cooper, 79, e Yocheved Lifshitz, 85, foram levadas para a passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito.
“Facilitamos a libertação de mais dois reféns e os transportamos para fora de Gaza nesta tarde. Nosso papel como intermediário neutro torna esse trabalho possível e estamos prontos para facilitar quaisquer lançamentos futuros. Esperamos que em breve regressem aos seus entes queridos”, escreveu a Cruz Vermelha Internacional em sua conta no Twitter.
As duas mulheres americanas que estavam sendo mantidas reféns pelo Hamas foram libertadas na sexta-feira (20).
No fim de semana, após a afirmação do grupo extremista da intenção de libertar os reféns, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionou que não responderia às “mentiras de propaganda do Hamas”. A situação dos reféns é incerta e informações detalhadas são escassas.
Esta declaração do Hamas surge num contexto de contínuos confrontos e tensões na região. Não se sabe se haverá repercussões imediatas ou grandes mudanças na evolução das relações entre as duas partes em conflito devido a este desenvolvimento recente.
Hamas usa reféns para pressionar Israel
Nas últimas horas, o governo israelense recebeu dezenas de chamadas de 25 países diferentes solicitando que a ofensiva terrestre contra Gaza fosse adiada até que o Hamas libertasse todos os seus reféns civis capturados durante o ataque terrorista de 7 de outubro.
O Estado do Qatar, por sua vez, conversou com presidentes, chanceleres e chefes de gabinete desses 25 países para validar seu estatuto de negociador ad hoc perante o Hamas, que utiliza cidadãos internacionais presos para paralisar toda a operação de guerra de Israel na Faixa.
Em princípio, o Hamas mantém reféns civis dos seguintes países:
- Alemanha
- Argentina
- Azerbaijão
- Brasil
- Canadá
- Chile
- China
- Espanha
- Estados Unidos
- França
- Filipinas
- Índia
- Irlanda
- Israel
- Itália
- Cazaquistão
- Panamá
- Polônia
- Romênia
- Rússia
- Sri Lanka
- África do Sul
- Tailândia
- Reino Unido
- Ucrânia
- Uzbequistão
O número total de civis sequestrados, de acordo com os números que a Infobae conseguiu obter em Tel Aviv, Washington, Berlim, Paris, Reino Unido e Doha, variaria entre 60 e 130, e suas idades seriam de um ano a oitenta e cinco anos. Estes reféns estão detidos em túneis construídos pelo Hamas perto da Cidade de Gaza e ainda não existe uma lista precisa de suas identidades e condições físicas.
O resto dos capturados, para atingir o número provisório de 212, pertenceria ao exército israelense e às forças de segurança daquele país. Estes reféns só serão libertados se o governo de Benjamin Netanyahu aceitar uma troca com prisioneiros palestinos que se encontram detidos em prisões israelitas.