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Durante entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a invasão de propriedades produtivas por parte do MST. A declaração foi feita por ele na terça-feira (04).
Ontem, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de 3 engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco. O movimento iniciou o “abril vermelho”, no qual onde promete intensificar invasões.
“O programa de apoio à reforma agrária, no governo do presidente Lula, tem as portas abertas. Não se faz necessário através de movimentos radicais, através de invasão de terra produtiva. Até porque tem lei que proíbe isso. Terra invadida não é passível de reforma agrária. Tem lei. A Justiça manda fazer a reintegração, o Estado cumpre e acabou”, afirmou Fávaro.
“Não precisa desvincular do sonho da terra, da luta por um pedaço de terra. Mas pode pensar no passo seguinte, da qualificação, do cooperativismo, e ter o apoio do governo”, disse o ministro.
“Este é um governo que tem as portas abertas para o MST dialogar e reivindicar um pedaço de terra. Invasão, não”.
Em outro trecho de seu discurso, Fávaro defendeu que o homem do campo tenha direito a manter “uma ou duas armas” e “um pouco de munição” para fazer o que chamou de “primeira defesa”.
“Ele está a 50, cem quilômetros da cidade. Se ele ligar no 190, dá tempo de o bandido barbarizar, fazer o que quiser dentro da propriedade. Roubar, bater, espancar e não chegou a polícia ainda. Então, se a criminalidade tiver a certeza de que lá no campo não tem nenhuma arma, a vulnerabilidade é certa, e o risco do homem do campo é iminente”, disse o ministro da Agricultura.
“O homem do campo vai continuar tendo direito de ter uma arma, duas, Um pouco de munição. Mais do que isso é exagero”, completou.