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O desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Marcelo Malucelli, derrubou a revogação da ordem de prisão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu na Lava Jato por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht.
Em 2017, Tacla Duran admitiu ter “emprestado” contas bancárias de suas empresas fora do Brasil para movimentar recursos da Odebrecht.
O novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Eduardo Fernando Appio, havia derrubado a ordem de prisão contra Duran decretada em 2016 pelo então juiz Sergio Moro.
Porém, a medida foi contestada pelo Ministério Público Federal (MPF) e derrubada por Malucelli.
Appio tomou a decisão após Ricardo Lewandowski, agora ministro aposentado do STF, determinar a suspensão de 5 ações penais abertas no âmbito da Lava Jato. Um dos beneficiados foi Tacla Duran.
De acordo com o desembargador do TRF-4, “evidentemente é indevida a prática de quaisquer atos nas referidas demandas e incidentes a elas relacionados”.
Ele avalia que Appio não poderia ter tomado a decisão de revogar a ordem de prisão após Lewandowski suspender a tramitação da ação penal.
Malucelli então derrubou a decisão de Appio e restabeleceu a ordem de prisão “visto que prolatada antes da suspensão determinada pelo STF e, não tendo sido revogada pela Suprema Corte, portanto, permanece hígida”.
Tacla Duran, que mora na Espanha, se preparava para voltar ao Brasil ainda nesta semana.
O advogado estaria no Brasil na sexta-feira (14) para uma audiência de justificação diante do MPF e da PF.
Em depoimento para Appio, Duran acusou Moro de extorsão enquanto juiz e o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, de perseguição.