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Nesta terça-feira (19), Procuradores dos 26 Estados e do Distrito Federal encaminharam ao procurador-geral da República Augusto Aras um pedido de apuração contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas falas feitas durante encontro com embaixadores.
“A conduta do presidente da República afronta e avilta a liberdade democrática, com claro propósito de desestabilizar e desacreditar o processo e as instituições eleitorais e, nesse contexto, encerra, em tese, a prática de ilícitos eleitorais decorrentes do abuso de poder, com enfoque na propaganda e na desinformação praticadas”, afirma um trecho do documento dos Procuradores.
Os procuradores pedem que Aras, na condição de procurador-geral Eleitoral adote “todas as providências cabíveis e consideradas necessárias para a completa apuração dos fatos”. Citam a necessidade de reforçar a independência da Justiça Eleitoral e de prestigiar o “importante e competente trabalho de combate à desinformação que vem sendo diuturnamente realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral”.
“A desinformação deve ser veemente combatida, pois cria narrativas paralelas que tentam formar opiniões com base em manipulação, emoção, utilizando, inclusive, artifícios tecnológicos que podem dar uma precisão nunca outrora vista em relação ao perfil das pessoas a serem enganadas”, diz o documento.
Na reunião com embaixadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro e fez críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a ministros da Bolsonaro afirmou a dezenas de diplomatas que compareceram no Palácio da Alvorada, na segunda-feira (18), que o sistema do TSE não é seguro por já ter sofrido um ataque hacker, e que a votação em urnas eletrônicas não é auditável. Esta e outras alegações feitas por Bolsonaro já foram respondidas pelo TSE em ocasiões anteriores.