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O fisiculturista Igor Porto, de 32 anos, foi indiciado pelo homicídio de sua companheira, Marcela Luíse, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A Justiça acatou a denúncia contra o fisiculturista nesta quinta-feira (30).
Marcela Luíse sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e faleceu devido a um traumatismo craniano após passar 10 dias internada em estado gravíssimo.
Em nota, a defesa de Igor declarou que a aceitação da denúncia não foi surpreendente e expressou confiança no processo criminal.
A defesa ainda disse que pretende demonstrar que os fatos não ocorreram conforme descritos pela acusação.
A Justiça, representada pelo juiz Leonardo Fleury, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o fisiculturista Igor Porto. O MP-GO acusa Igor de ter cometido o crime de maneira cruel, impossibilitando a defesa de sua companheira, Marcela Luíse.
A denúncia classifica o ato como “feminicídio”, alegando que a agressão ocorreu devido à condição de sexo feminino da vítima.
Fleury estabeleceu um prazo de 10 dias para que o réu e sua defesa apresentem documentos e justificativas. Igor Porto foi preso no dia 17 de maio.
Marcela Luíse foi levada ao hospital em estado crítico no dia 10 de maio, após ter sido brutalmente espancada. Ao chegar à unidade de saúde, o fisiculturista Igor Porto afirmou à equipe médica que a mulher havia sofrido uma queda da própria altura em casa.
Um vídeo capturou o momento em que Marcela, inconsciente, é retirada do carro por Igor e levada ao hospital.
A delegada Bruna Coelho, responsável pela investigação, informou que as lesões encontradas no corpo de Marcela, que faleceu no dia 21 de maio, eram incompatíveis com a versão apresentada por Igor.
“As lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura. O médico legista chegou a dizer que [as lesões] são compatíveis até mesmo com queda de grandes alturas ou até mesmo acidentes automobilísticos por conta da extensão”, disse a Coelho.
O laudo da perícia apontou que Marcela Luíse teve tufos de cabelo arrancados pela raiz e múltiplas fraturas, incluindo 8 costelas.
A investigação policial acredita que, ao iniciar as agressões, a intenção de Igor Porto era matar a companheira.
Marcela Luíse confidenciou a uma amiga as violências que sofria, conforme revelado pelo inquérito policial. Nas conversas, ela expressou medo de deixar a relação e a possibilidade de perder a guarda de sua filha para o companheiro.
O caso foi investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia. Em entrevista à TV Anhanguera, a investigadora relatou que a polícia foi acionada pelo hospital.
A delegada também descreveu a versão apresentada por Igor Porto aos médicos sobre as lesões de Marcela. Igor afirmou que Marcela estava limpando a casa quando escorregou e caiu, alegando que ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Ele disse ter dado um banho nela antes de levá-la ao hospital, onde foi imediatamente submetida a uma cirurgia e transferida para a UTI.
Durante a investigação, a polícia descobriu que Igor Porto tinha um histórico de violência doméstica.
