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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (8) que o retorno do horário de verão só deve ocorrer em 2024 se for “imprescindível”. A decisão do governo será anunciada até a próxima semana, conforme o titular da pasta energética. Silveira ressaltou que a questão é complexa e gera divisões de opinião no Brasil.
“O horário de verão é totalmente transversal. Eu repito: se for uma necessidade imprescindível, ele será, com toda coragem, mesmo sabendo que divide as opiniões de forma muito grande no Brasil, e como temos tido coragem de enfrentar muitos outros interesses, nós também enfrentaremos a bem do Brasil”, declarou o ministro.
Ele também indicou que está avaliando a situação de forma detalhada. “Eu estou levando ao limite as discussões para ver se precisa mesmo ser esse ano ou se nós podemos esperar o período chuvoso e ver o volume de chuvas que vamos ter. Se forem altos e tivermos densidade, nós tivemos chuva em Brasília no meio do evento, ser literalmente abençoados com chuvas, e aí a gente até evita a necessidade da implementação do horário de verão”, completou.
As declarações de Silveira foram feitas após a cerimônia de sanção da lei do combustível do futuro. Ele enfatizou que, se não houver uma necessidade urgente, o governo pode optar por esperar o período chuvoso e avaliar a situação dos reservatórios antes de tomar uma decisão definitiva. “Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso e, após o período chuvoso, se a gente tiver os nossos reservatórios restabelecidos à altura, a gente entra no ano que vem com maior tranquilidade”, afirmou.
Segundo um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a implementação do horário de verão em 2024 poderia resultar em uma economia de R$ 400 milhões, enquanto a adoção a partir de 2026 poderia aumentar essa economia para R$ 1,8 bilhão anualmente. O adiantamento dos relógios é visto como uma medida que poderia melhorar a utilização das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%.
Desde que foi implementado anualmente a partir de 1985, o horário de verão teve como objetivo promover a economia no consumo de energia ao proporcionar mais tempo de luz natural para a população. Contudo, devido a mudanças no comportamento social, a eficácia da medida foi questionada. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu o adiantamento dos relógios.