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O Pentágono anunciou neste domingo (13) que enviará um sistema antimísseis de alta altitude e uma equipe de militares norte-americanos para Israel, com o objetivo de ajudar o país a se proteger de possíveis ataques do regime iraniano, em meio ao aumento das tensões na região.
Por ordem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, “autorizou o envio de uma bateria do sistema de Defesa Terminal de Área de Grande Altitude (THAAD, na sigla em inglês) e a equipe de pessoal militar associado para Israel, a fim de reforçar as defesas aéreas do país após os ataques sem precedentes do Irã contra Israel em 13 de abril e novamente em 1º de outubro”, disse o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em um comunicado.
O sistema antimísseis é composto por dois lançadores autopropulsados, um centro de comando e um radar. Desde 2012, Israel possui um sistema de radar vinculado ao THAAD, mas esta é a primeira vez que uma bateria completa com interceptores é estacionada no país.
Antes da confirmação oficial, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, alertou neste domingo os Estados Unidos de que sua manobra poderia colocar as tropas americanas “em perigo”. Ele afirmou: “Os Estados Unidos têm enviado um número recorde de armas a Israel. Agora, estão colocando a vida de suas tropas em risco ao desdobrá-las para operar um sistema de mísseis americano em Israel.”
Araqchi acrescentou que o Irã tem feito esforços significativos para evitar uma guerra aberta na região, mas enfatizou que “não temos linhas vermelhas quando se trata de defender nosso povo e seus interesses”.
Há mais de duas semanas, o Exército israelense lançou uma ofensiva com uma intensa campanha de bombardeios no sul do Líbano e nos subúrbios meridionais de Beirute, conhecidos como Dahye, reduto do grupo terrorista Hezbollah. O conflito se intensificou em 1º de outubro, com a incursão terrestre do Exército israelense no sul do Líbano, acompanhada de um aumento nos bombardeios israelenses no país vizinho.
Israel, por sua vez, afirmou que responderá ao ataque de 1º de outubro, quando o Irã lançou cerca de 200 projéteis, incluindo mísseis balísticos, contra o território israelense. Antecipando essa resposta, os Estados Unidos estão estudando medidas defensivas, como o envio de baterias do sistema THAAD.
Um relatório do Congresso, publicado em abril, especifica que os Estados Unidos possuem sete baterias do sistema de defesa THAAD, considerado um complemento ao sistema Patriot, mas com um alcance maior, entre 150 e 200 quilômetros. Cada bateria é composta por seis lançadores montados em caminhões, com 48 interceptores, rádio e radar, e requer 95 soldados para operação.