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(Foto: Ricardo Stuckert)

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Maduro usa “Lei Contra o Ódio” para perseguir opositores: Brasil segue o mesmo caminho

Após uma gorda refeição regada à Romanée-Conti, Maduro lambe as pontas dos dedos e limpa no guardanapo que repousava sobre suas pernas. Ainda há restos de lagosta emaranhados do lado esquerdo do bigode. Ao contrário da maioria do povo venezuelano, o ditador está acima do peso e se locomove com certa dificuldade. O jantar luxuoso é brevemente interrompido pelo cochicho de um dos seus assessores.

— Senhor, a Assembleia Constituinte finalmente aprovou a “Lei Constitucional contra o Ódio”. Temos respaldo para fechar os jornais!

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Não foi exatamente dessa forma que essa cena se desenrolou, mas é assim que imagino Maduro recebendo a notícia da aprovação dessa lei. Após assistir ao famigerado vídeo em que o tirano venezuelano come churrasco em um restaurante caríssimo de Istambul, servido pelo chef turco Nusret Gökçe, enquanto o povo se estapeava nas ruas por um pedaço de carne podre — aquela sim uma cena real e que revoltou o mundo inteiro — não foi difícil fantasiar situações parecidas.

Em 2017, uma Assembleia Constituinte composta apenas por membros governistas aprovou a “Lei Constitucional contra o Ódio” na Venezuela. Foi essa lei que deu base legal para o fechamento de jornais, sites, canais de TV e até mesmo para a extinção de partidos políticos. A partir daquele momento, Maduro tinha em mãos um instrumento legal para perseguir opositores com a justificativa de “frear o ódio no país”. E foi exatamente isso que a Constituinte afirmou em nota oficial na época. Os opositores da ditadura comunista foram classificados como “extremistas” e “propagadores de ódio”. Parece que já vimos esse filme por aqui! Rejeitar as imposições do regime passou a não ser uma opção e reagir aos desmandos de Maduro tornou-se crime com pena de dez a vinte anos de prisão.

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A “Lei Constitucional contra o Ódio” — que de constitucional não tem nada — se assemelha ao processo ditatorial implementado no Brasil a partir de 2019, pelo Supremo Tribunal Federal, após a abertura do infame “Inquérito das Fake News”. Em maio de 2020, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “quem exagerar, ferir a Constituição ou praticar discurso de ódio deve ser responsabilizado”. Na época, a declaração do togado foi manchete de uma matéria da Folha de São Paulo, estampada com a foto do jornalista Allan dos Santos, exilado nos Estados Unidos há mais de dois anos. Em setembro deste ano, o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, fundador do Foro de São Paulo e amigo íntimo de Nicolás Maduro, disse que é preciso unir forças pelo fim do “discurso de ódio” — seja lá o que isso signifique.

Fica claro que qualquer oposição é considerada odiosa pela esquerda. A narrativa de que conservadores são propagadores de ódio e fake news ganhou força com o crescimento da direita em nosso país, mas a balela é mundial. Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump também foi alvo de comunistas raivosos. A CNN, braço da esquerda globalista, declarou guerra ao bilionário por suas convicções e valores morais. Trump chegou inclusive a perder sua conta no Twitter e virou alvo do FBI. Em 2020, o jornal ‘O Globo’ publicou um artigo com a manchete “Trump e a cilada do discurso de ódio” reforçando a ideia de que ao defender valores conservadores, o republicano estaria pregando ódio. Cancelamentos e ataques simultâneos a qualquer um que fuja do script da extrema-esquerda e das pautas globalistas tornaram-se cada vez mais frequentes. Tudo em sintonia fina entre judiciário, mídia, políticos do centro à extrema-esquerda, classe artística falida e boa parte dos professores universitários.

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Foi baseado na falsa luta contra o ódio e as tais fake news, que o STF assumiu superpoderes para decidir o que as pessoas podem ou não dizer nas redes sociais e, pasmem, até mesmo em mesas de bar. Em 2021, um grupo de amigos que conversavam descontraidamente sobre Alexandre de Moraes, em uma mesa de um clube em São Paulo, foram abordados após um policial da escolta de Moraes ouvir a conversa e sentir-se ofendido pelo chefe. Um dos homens foi conduzido à delegacia pelo teor ofensivo do papo e seu nome foi parar em um inquérito sigiloso. Sabem como é! Tudo pelo combate ao “discurso de ódio”.

À primeira vista, temos a impressão de que o processo de venezualização do Brasil terá início apenas após a diplomação de Lula como novo presidente da República, mas as pessoas mais atentas já perceberam que estamos em estágio avançado do câncer comunista. Foi há 3 anos, após a abertura do Inquérito Do Fim do Mundo — nossa Lei de Combate ao Ódio tupiniquim — que a vaca pegou estrada em direção ao brejo. E já caiu!

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O Brasil, meus amigos, venezuelou.

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