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Este ano não haverá a leitura da Ordem do Dia alusiva ao dia 31 de março, aniversário do golpe militar no Brasil, segundo decisão do comandante do Exército, general Tomás Paiva.
A decisão visa “despolitizar” o Exército do Brasil e afastá-lo, ao máximo, do bolsonarismo.
Durante os quatro anos de governo Bolsonaro, a carta foi lida nos quartéis em 31 de março, para elogiar o golpe militar. Em 2021, por exemplo, a ordem do dia disse que“o Movimento de 31 de março de 1964” — que depôs um presidente legalmente eleito, João Goulart — foi “um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época”.
Para Bolsonaro, não houve golpe em 31 de março de 1964. O capitão reformado considera que a sociedade reunida naquele momento, por meio da união de civis e militares, colocou o Brasil no rumo.