O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou nesta terça-feira (12) uma operação contra integrantes da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua de dentro e fora dos presídios do país. Três pessoas foram presas.
A ação tem como objetivo combater o esquema de lavagem de dinheiro da facção, estruturado por meio de investimentos em transações imobiliárias, veículos e mercado financeiro.
Segundo os investigadores, cada liderança do PCC montou uma estrutura própria para lavar dinheiro, por meio de familiares e pessoas de confiança. A suspeita é a de que eles movimentem mais de R$ 100 milhões anualmente.
Dentre os itens apreendidos, há diversos objetos de luxo, como sapatos, bolsas e relógios.
Foram cumpridos nesta terça (12) três mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. Segundo o MP, um dos presos foi apresentado na Seccional de Praia Grande, no litoral do estado, e outro no 80° DP da capital.
Ao todo, foram mobilizadas 27 equipes da Rota, 108 policiais, além de 10 promotores e 14 servidores do MP.
A ação é mais uma fase da Operação Sharks, deflagrada em 2020, após uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP, que mirou a logística do tráfico de drogas e a sucessão dos antigos chefes da facção, que estão nos presídios federais.
Nessa nova fase, a investigação revela que, enquanto os líderes do PCC levam uma vida de luxo, milhares de faccionados que vivem nas cadeias e as suas famílias têm uma vida pobre e miserável.