O Brasil experimentou uma diminuição de 13% na média de filhos por mulher entre 2018 e 2022, conforme indicado pela terceira edição do levantamento “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número total de nascidos vivos no ano retrasado foi de 2,56 milhões, refletindo uma redução de 383 mil em comparação com 2018.
A maior diminuição ocorreu entre as mulheres com menos de 40 anos, sendo de 30,8% na faixa etária de 10 a 19 anos, 11,2% para mulheres entre 20 e 29 anos, e 10% para aquelas entre 30 e 39 anos. Em contraste, as mulheres de 40 a 49 anos apresentaram um aumento de 16,8% no número de filhos, indo na contramão da tendência mundial.
Os dados do Censo de 2022 destacam que o ritmo de crescimento populacional no Brasil continuou a tendência de queda iniciada na década de 1970, com um aumento de apenas 6,45% entre 2010 e 2022. A taxa de crescimento geométrico nesse período foi de 0,52% ao ano, resultando em um ganho de 12,2 milhões de habitantes para a população nacional, marcando a evolução mais baixa desde a década de 1940-1950.
Ao analisar as regiões, as mulheres do Sudeste registraram a maior quantidade de filhos, totalizando 979.681, seguidas pelo Nordeste, com 708.975 nascimentos, e o Sul, com 359.781. As regiões Norte (289.158) e Centro-Oeste (224.327) ocuparam as últimas posições.
O IBGE destacou que, até a década de 1940, o Brasil apresentou altos níveis de fecundidade e mortalidade, atingindo o pico de crescimento populacional na década de 1950, com uma taxa média anual de 2,99%.