A passagem de uma frente fria trará temporais ao Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira (14), encerrando uma trégua de duas semanas de chuvas volumosas no estado. Segundo a Defesa Civil, os volumes acumulados até segunda-feira (17) devem variar entre 45 e 75 milímetros (mm) em Porto Alegre, podendo chegar a 120 mm em outras áreas.
O pior dia de chuva está previsto para domingo (16), com expectativa de 50 a 100 mm, especialmente no Centro e Norte do estado. O volume de água pode causar alagamentos e o transbordamento de cursos d’água menores, como arroios e valões.
A maior preocupação, no entanto, é em relação à próxima semana devido à persistência dos temporais. Dados da MetSul indicam que, no cenário projetado, pode chover entre 100 mm e 250 mm em diversos pontos do estado em uma semana, o que levará ao aumento dos níveis dos rios, alguns podendo atingir cotas de inundação.
“A partir do indicado pelos modelos de chuva, rios como Jacuí, Taquari e Uruguai devem ter elevação maior, embora longe dos patamares de maio no Taquari e Jacuí. Já o Uruguai no Noroeste deve subir mais do que em maio, já que os volumes no fim de abril e em maio no Noroeste gaúcho foram muito inferiores ao restante do estado”, explicou a MetSul.
O retorno das chuvas deve agravar a situação no Rio Grande do Sul, onde os moradores ainda enfrentam os efeitos das grandes inundações dos últimos meses. A precipitação deve arrastar lixos e entulhos espalhados pelos bairros, além de comprometer redes de esgoto, o que pode provocar doenças.
Em meio ao cenário, a Defesa Civil fez as seguintes recomendações:
– Durante as chuvas, fique em segurança. Retire eletroeletrônicos da tomada durante os temporais e feche bem portas e janelas;
– Fique atento aos níveis elevados. Se você mora em áreas com histórico de alagamentos ou inundações, procure sair com antecedência das áreas de risco e fique em local seguro;
– Caso seja surpreendido pelo tempo severo, busque abrigo e não atravesse alagamentos a pé ou de carro;
– Informe-se sobre medidas de prevenção junto à Prefeitura da sua cidade, incluindo como agir, rotas de fuga e locais de abrigo.
