Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Brasil enfrenta a pior seca em sua história recente nos anos de 2023 e 2024, segundo dados e análises do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O Índice de Precipitação-Evapotranspiração Padronizado (SPEI), utilizado pelo Cemaden, revela a evolução da seca no país desde a década de 1950. Gráficos indicam que, enquanto barras azuis representam períodos úmidos, as vermelhas destacam os momentos de estiagem. A seca atual já supera a de 2015-2016, até então considerada a mais intensa.
“A partir da década de 1990, as secas tornaram-se mais frequentes e severas, culminando em um período crítico nos últimos anos”, observa o Cemaden.
Um dos mapas divulgados pelo órgão destaca as regiões mais afetadas pela seca, utilizando a contagem de dias consecutivos sem chuva nos últimos meses. As áreas em vermelho escuro, que ultrapassam 120 dias sem precipitação, são as mais preocupantes.
“A ausência prolongada de chuvas intensifica as condições de seca, agravando os impactos nas áreas atingidas e aumentando a vulnerabilidade das comunidades locais”, alerta o Cemaden.
Dados preliminares de agosto do Índice Integrado de Secas mostram que a estiagem atual abrange praticamente todo o território brasileiro. As regiões mais severamente afetadas incluem o norte do Mato Grosso do Sul, grande parte do Mato Grosso, sudoeste de Goiás, norte de São Paulo e a região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. Além disso, partes do Pará e do Amazonas também enfrentam condições excepcionais de seca, com um risco elevado de incêndios.
Outro mapa do Cemaden indica que o período de maio a agosto de 2024 foi o mais seco dos últimos 44 anos em várias regiões do país. Incêndios recentes, que cobriram diversas cidades com uma densa camada de fumaça, agravam ainda mais a situação.
“Essas condições dificultam o controle dos incêndios, a maioria provocada por atividades humanas”, conclui o Cemaden.