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O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, declarou nesta segunda-feira (25) durante um evento do partido em São Paulo que mantém “boas relações internacionais” e diálogos com chefes de Estado de outros países, além de realizar visitas a embaixadas no Brasil. A declaração foi feita horas após o jornal norte-americano New York Times noticiar que Bolsonaro se hospedou na Embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias em fevereiro deste ano, após ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal.
“Temos boas relações internacionais. Até hoje mantenho relação com alguns chefes de Estado pelo mundo, é algo bastante saudável. Muitas vezes, ligam para mim para que eu possa prestar informações precisas do que acontece no Brasil. Frequento embaixadas também aqui pelo nosso Brasil, converso com os embaixadores. Não tenho passaporte, está detido, senão estaria, juntamente com Tarcísio, na viagem a Israel, um país-irmão”, afirmou o ex-presidente.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, realizou uma visita oficial a Israel entre os dias 17 e 22 de março. Bolsonaro, alvo de diversas investigações, não poderia ser preso em uma embaixada, pois é considerado um espaço estrangeiro dentro do país, estando, portanto, fora do alcance das autoridades nacionais.
A defesa do ex-presidente já havia confirmado sua estadia na embaixada “para manter contatos com autoridades do país amigo”. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a nota.
Bolsonaro dirigiu-se à embaixada húngara quatro dias após entregar seu passaporte à PF. Ele teria chegado ao local na noite de 12 de fevereiro, uma segunda-feira de Carnaval, acompanhado de dois seguranças, conforme relatado pelo New York Times.
O ex-presidente recebeu um prazo de 48 horas para esclarecer sua visita à embaixada da Hungria em Brasília, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.