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A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) anunciou que entrará com uma ação judicial contra a Enel, concessionária de energia, para responsabilizá-la pelos prejuízos causados ao setor devido ao apagão que atinge a capital paulista desde a última sexta-feira (11). O corte de energia foi provocado por um forte temporal que atingiu a Grande São Paulo.
A tempestade, acompanhada de ventos de até 107,6 km/h, ocorreu por volta das 19h30 de sexta-feira e deixou um rastro de destruição. Até as 18h40 de sábado, cerca de 750 mil clientes, de um total de 2,1 milhões afetados, tiveram a energia restabelecida. No entanto, 1,35 milhão de consumidores ainda permaneciam sem luz até o início da noite de sábado, de acordo com dados da Enel.
A Fhoresp destacou que dos mais de 502 mil estabelecimentos de hotéis, restaurantes e bares representados pela entidade, 50% estão localizados na região diretamente impactada pelo apagão. Segundo a federação, as perdas para o setor são milionárias, uma vez que a falta de eletricidade forçou o fechamento de inúmeros estabelecimentos gastronômicos, impossibilitando seu funcionamento normal.
Essa é a segunda vez em menos de um ano que o setor é gravemente impactado por um apagão de grandes proporções. Em novembro de 2023, um blecaute semelhante na capital paulista e região metropolitana gerou um prejuízo estimado em R$ 500 milhões para o setor, conforme estimativas da própria Fhoresp.
Em nota, a federação informou que seu Departamento Jurídico está à disposição dos associados para prestar suporte na notificação da Enel e, posteriormente, auxiliar em ações judiciais individuais visando a reparação dos danos financeiros sofridos pelos empresários. A Fhoresp também pretende acionar outras concessionárias de energia que operam em diferentes regiões do estado.
A Enel, por sua vez, afirmou que cerca de 900 mil clientes da capital paulista e cidades vizinhas continuavam sem energia até as 8h deste domingo (13). Em resposta às críticas, o presidente da concessionária informou que 500 geradores foram disponibilizados para atender hospitais e outros serviços essenciais afetados pela falta de eletricidade. Além disso, dois helicópteros da empresa estão sobrevoando as áreas mais críticas para identificar e solucionar possíveis falhas nas linhas de transmissão.
O executivo também ressaltou que a tempestade que causou o apagão foi um evento meteorológico atípico, com a maior ventania registrada na região desde 1995. “Mais de 20% da nossa base de clientes foi afetada, totalizando 1,6 milhão de pessoas ainda sem energia até agora. Estamos colaborando com outras concessionárias para acelerar o processo de restabelecimento da eletricidade”, explicou o presidente da Enel.