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Funcionários da Boeing estão se sentido “humilhados” após a NASA anunciar que os dois astronautas que ficaram presos na Estação Espacial Internacional (ISS) devido aos problemas com a cápsula espacial Starliner da empresa terão que ser resgatados pela rival SpaceX, de Elon Musk, afirmou um trabalhador ao New York Post neste domingo (25).
Butch Wilmore e Suni Williams, que foram para a ISS em junho em uma missão que deveria durar 8 dias, terão que esperar mais seis meses até que uma espaçonave Crew Dragon da SpaceX possa levá-los de volta com segurança, devido a vazamentos de hélio e problemas com os propulsores da cápsula original.
Ainda conforme o veículo, o funcionário baseado na Flórida, que trabalha no programa espacial da Boeing, disse que a decisão representa mais um golpe para o gigante aeroespacial, que já está enfrentando críticas devido a uma série de incidentes com voos comerciais no início deste ano.
“Tivemos tantos constrangimentos recentemente, estamos sob um microscópio. Isso só piorou as coisas em 100 vezes”, disse um trabalhador ao veículo, que preferiu não se identificar.
“Odeamos a SpaceX,” acrescentou. “Falamos mal deles o tempo todo, e agora eles estão nos salvando.”
“É vergonhoso. Estou envergonhado, estou horrorizado,” disse o funcionário.
Com a moral “lá embaixo”, o trabalhador afirmou que muitos na Boeing estão culpando a NASA pela humilhação.
A Boeing afirma que sua cápsula Starliner poderia levar os astronautas de volta à Terra com segurança após tê-los colocado na ISS durante seu voo inaugural com tripulação em 5 de junho.
No entanto, a NASA decidiu recorrer à SpaceX após mais de dois meses testando a cápsula, que ainda está acoplada à ISS.
A cápsula da Boeing sofreu um vazamento de hélio pouco antes do lançamento, com os vazamentos piorando quando a nave acoplou à ISS.
A cápsula também sofreu várias falhas em seus propulsores. Embora muitos desses problemas tenham sido mitigados desde então, a NASA afirmou que a decisão mais segura é que Wilmore e Williams retornem como parte da missão Dragon Crew-9 da SpaceX em fevereiro de 2025.
“Achávamos que a Starliner poderia levá-los para casa com segurança, mas a NASA não quis correr o risco,” disse o funcionário.
“Eles têm seus próprios problemas de PR e não precisam de dois astronautas mortos,” acrescentou. “Mas não achávamos que haveria astronautas mortos. Nunca teríamos recomendado que usassem a gente se pensássemos que seria inseguro para eles.”
Steve Stich, gerente do Programa Comercial de Tripulações da NASA, disse que as negociações com a Boeing “se resumiram a um pequeno desacordo sobre o risco.”
A Boeing não comentou sobre a decisão da NASA de contar com a SpaceX. Em vez disso, a empresa disse ao The Post que está focada em garantir que a Starliner possa retornar à Terra intacta.
“A Boeing continua a focar, em primeiro lugar, na segurança da tripulação e da espaçonave,” afirmou a empresa.
A Boeing gastou cerca de US$ 1,5 bilhão em custos adicionais além do contrato inicial de US$ 4,5 bilhões que firmou com a NASA, que espera tornar a Starliner seu segundo meio de transporte para a ISS ao lado da Crew Dragon da SpaceX.
Os problemas da Starliner podem ameaçar esse futuro e prejudicar ainda mais a já conturbada reputação da Boeing na indústria aeroespacial.
A empresa tem enfrentado preocupações com a segurança desde o início do ano, quando um painel de porta se soltou de um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines depois de aparentemente estar faltando quatro parafusos importantes.
A Boeing também enfrentou vários outros problemas de mal funcionamento em seus aviões, com pelo menos 20 denunciantes se apresentando para expressar preocupações sobre questões de segurança e qualidade na gigante aeroespacial — alguns dos quais acabaram mortos.