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Na última quinta-feira (7), as autoridades da Carolina do Sul emitiram um alerta para que os moradores mantivessem portas e janelas trancadas após a fuga de 43 macacos de um centro de pesquisa em Beaufort County. Até a manhã de sexta-feira, os primatas fugitivos ainda não haviam sido capturados, conforme relatou Greg Westergaard, CEO da Alpha Genesis, à rede de televisão estadunidense CBS News.
Conforme relatou o veículo, os macacos escaparam de uma instalação da Alpha Genesis em Beaufort, levando a polícia de Yemassee a instalar armadilhas e utilizar câmeras de imagem térmica para localizá-los. Em uma atualização nas redes sociais na noite de quinta-feira, a polícia informou que os animais foram avistados em uma área de mata próxima à instalação e pediu que os moradores evitassem a região.
“A equipe da Alpha Genesis está tentando atrair os animais de volta usando alimentos para garantir sua captura segura”, comunicou a polícia.
A Alpha Genesis confirmou que os 43 primatas, da espécie macaca rhesus, escaparam de um recinto da empresa. Segundo as autoridades, os macacos são fêmeas muito jovens, pesando entre 2,7 e 3,2 kg, e ainda não foram utilizados em testes devido à idade.
“As autoridades recomendam fortemente que os moradores mantenham portas e janelas bem fechadas para evitar que esses animais entrem nas residências”, informou a polícia. “Caso alguém aviste algum dos animais, entre em contato com o 911 imediatamente e evite se aproximar.”
Greg Westergaard afirmou que, embora nenhum dos animais tenha sido capturado ainda, os macacos estão permanecendo próximos à instalação e “agem como macaquinhos travessos, pulando de um lado para o outro e brincando uns com os outros”.
“É quase como um parque de diversões por aqui”, ele comentou.
Segundo Westergaard, a empresa posicionou armadilhas com iscas, mas os macacos ainda não entraram nelas. “Eles pulam, pegam a comida e voltam para cima das cercas e das árvores, observando a gente da mesma forma que os observamos”, explicou. Ele reconheceu que o processo de captura pode ser demorado, já que persegui-los poderia assustá-los e fazer com que se afastem ainda mais.
“Nós os mantemos muito próximos”, acrescentou. “É exatamente o que queremos ver.”
Westergaard também informou que a fuga ocorreu após um funcionário deixar de trancar uma porta de um dos recintos, permitindo que os animais saíssem. “É como seguir o líder: você vê um ir e os outros vão atrás”, disse ele. “Era um grupo de 50, mas 7 ficaram para trás e 43 escaparam pela porta.”
Um topógrafo de terrenos, Daniel Vance, relatou que ele e um colega estavam fazendo uma pausa para o almoço nas proximidades na quarta-feira, quando avistaram alguns dos macacos e conseguiram registrar imagens deles.
A Polícia de Yemassee informou que vários oficiais estão trabalhando com a equipe da Alpha Genesis para recapturar os primatas.
“Asseguramos à comunidade que não há risco de saúde associado a esses animais”, declarou a polícia em sua última atualização.
De acordo com o site da Alpha Genesis, a empresa cria macacos e oferece “produtos e serviços de pesquisa biomédica com primatas não humanos” para instituições em todo o mundo. Entre os ensaios clínicos conduzidos pela empresa, estão pesquisas sobre distúrbios cerebrais progressivos.
A empresa também administra uma colônia de 3.500 macacos rhesus na Ilha Morgan, conhecida como “Ilha dos Macacos”, na Carolina do Sul, onde os primatas vivem em liberdade desde a década de 1970 para pesquisas biomédicas, conforme relatado pelo jornal The Post and Courier.
Os macacos rhesus são descritos pela New England Primate Conservancy como “ousados, extremamente curiosos e aventureiros”, sendo uma espécie altamente adaptável à convivência com humanos.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) confirmaram que os macacos anteriormente viviam na Ilha Morgan como “animais em liberdade” e foram transferidos para a Alpha Genesis para “adaptação ao contato com pessoas”.
A instalação é registrada no CDC como uma importadora de primatas não humanos, o que exige o cumprimento de padrões rigorosos para importação, quarentena e uso desses animais, segundo a agência. O CDC acrescentou que “o risco para o público é baixo, desde que as pessoas não se aproximem ou entrem em contato com os macacos”.
Essa não é a primeira vez que a Alpha Genesis enfrenta uma fuga. Há oito anos, 19 primatas escaparam da instalação, mas foram recapturados em cerca de seis horas.
O incidente mais recente envolvendo a fuga de macacos ocorreu na Pensilvânia, no ano passado, quando um caminhão que transportava 100 primatas de laboratório sofreu um acidente, resultando na fuga temporária dos animais, que foram recuperados em seguida.