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Walter Delgatti Neto, um dos hackers de Araraquara e conhecido como “Vermelho”, afirmou, em novo depoimento para a Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (30), que não teria dito ao jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, que hackeou o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
Delgatti disse ainda que não copiou mensagens de outros alvos de invasão, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O hacker afirmou também que não repassou as mensagens de procuradores da Lava Jato para nenhuma outra pessoa além do jornalista Glenn Greenwald. “Vermelho” só admitiu ter copiado conversas de procuradores de Curitiba, como Deltan Dallagnol, e de Marcel Bombardi, promotor de Araraquara, que o havia denunciado por crimes antigos.
Diferentemente do que consta de seu primeiro depoimento, Delgatti disse agora que não se lembra exatamente como foi obtendo os números de telefone de seus alvos. No entanto, disse que “em toda conta do Telegram que era acessada pelo declarante havia uma lista de pessoas que utilizavam o aplicativo e que tinham um vínculo direto ou indireto com o usuário invadido”.
Folha com Gazeta Brasil