O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, admitiu nesta sexta-feira (11), que enfrenta dificuldades em seguir com a tramitação no Congresso do pacote anticrime, que foi apresentado por ele mesmo no início do governo de Bolsonaro como um conjunto de medidas para combater a criminalidade e a corrupção.
“Apresentamos o projeto no início como uma mensagem clara à população de que estamos aqui e compartilhamos essa solução com o Congresso, mas estamos vendo alguma dificuldade. Houve uma clara priorização da reforma da Previdência, que é compreensível. Mas temos a expectativa de avançar nessa pauta, que é extremamente importante”, disse o ministro, em discurso no Fórum de Investimentos Brasil 2019, em São Paulo.
Em entrevista, Moro disse que acredita que após a votação da reforma da Previdência, “haverá melhores condições de diálogo com o Congresso”.
Para Moro, é possível avançar nesse tema por meio de ações do Poder Executivo. “Mas não ignoramos a importância do Legislativo”, afirmou. Ele citou alguns pontos do projeto, como estimular que pessoas condenadas se desvinculem de facções criminosas e que todas as polícias trabalhem juntas com o compartilhamento de informações. “Precisamos integrar mais as ações das nossas instituições”, disse.