O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu o depoimento do governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel que estava marcado para segunda (28).
A oitiva selaria o avanço do processo de impeachment de Witzel. Moraes atendeu a pedido da defesa do político que alegou falta de acesso a provas que compõem o processo.
Em decisão liminar, Moraes diz que o depoimento só deve ocorrer após os advogados de Witzel terem acesso a documentos que alimentam as acusações contra ele.
A decisão também determina que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) precisa dar à defesa de Witzel ao menos 5 dias para analisar os documentos antes do novo depoimento ser tomado.
O Moraes decidiu ainda que a defesa de Witzel tem o direito de interrogar Edmar Alves dos Santos, ex-secretário de Saúde do RJ. Ele se tornou delator e alimentou acusações contra o governador afastado.
No entanto, questionamentos feitos pela defesa foram descartados sob a alegação de que o acordo de delação está protegido pelo sigilo. Moraes entendeu que a testemunha não poderia ter as declarações restringidas, sob pena de ofender o direito de Witzel à defesa.