O preço da gasolina e do diesel vai subir a partir de amanhã, segundo a Petrobras, a gasolina nas refinarias aumentará 10,2% (R$ 2,48); o diesel vai a 15,2% (R$ 2,58). As medidas valem a partir de meia-noite de sexta-feira (19).
Segundo a companhia, os reajustes fazem parte, assim como os outros aumentos recentes, do alinhamento de preços com o mercado internacional e com a oscilação do dólar.
“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras”, disse a empresa, em comunicado.
“Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020”, diz a nota da Petrobras.
Segundo a Petrobras, os preços praticados e suas variações “têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.”
Levantamento apresentado pela petroleira, feito pela Globalpetrolprices.com, abrangendo 167 países, mostra que o preço médio da gasolina ao consumidor final no Brasil é 17% inferior à média global de preços. Já no caso do diesel, em uma amostragem de 166 países, o preço final no Brasil está 28% inferior à média global.
“Em ambos os casos, os preços médios no Brasil estão abaixo dos preços registrados no Chile, Argentina, Peru, Canadá, Alemanha, França e Itália”, de acordo com o levantamento apresentado pela Petrobras.
Bolsonaro defende redução do ICMS sobre combustíveis
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar que propõe mudanças no cálculo do ICMS sobre os combustíveis. Mesmo com a resistência dos governadores, o mandatário quer que os estados cobrem um valor fixo sobre os combustíveis, não percentual, e que o imposto seja cobrado sobre o preço da refinaria.
Segundo o governo, a intenção é estabelecer uma “alíquota uniforme e específica” – ou seja, um valor fixo e unificado em todo o país – para cada combustível com base na unidade de medida.
Bolsonaro explicou também que deve ser editado um decreto mostrando para o motorista quanto ele paga de imposto, de distribuição e qual a margem de lucro dos postos. Na prática, o presidente quer dividir responsabilidades, uma vez que a grande reclamação é que, quando sobem os preços dos combustíveis, parece que a responsabilidade é toda do governo federal. Ele mantém a intenção de também reduzir a alíquota da PIS/Cofins, mas admite que a queda de braço com a equipe econômica não é nada fácil.