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CPI da Covid médicos tratamento precoce
A CPI da Covid ouve nesta sexta-feira (18) os médicos defensores do tratamento precoce contra a Covid-19, Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves. Consta também na pauta da sessão a votação de 11 requerimentos.
Os convites a Zimerman foram feitos pelos senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Marcos Rogério (DEM-RO). Já a presença de Alves foi solicitada por Jorginho Mello (PL-SC) e Ciro Nogueira (PP-PI), além do próprio Heinze.
“Vemos as pesquisas científicas e as políticas públicas sendo construídas dia a dia, minuto a minuto, em cima de casos, dados e estatísticas divulgados que ainda vão demandar muitas pesquisas adicionais. Pensamos que a convocação de Zimerman será de importância singular para que exponha sua atuação e seus conhecimentos sobre o assunto”, afirmou Marcos Rogério no requerimento.
Quem são os médicos a serem ouvidos
Médico infectologista e ex-presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar (AGIHRS), Zimerman chegou a afirmar que medicamentos que compõem o tratamento precoce, como a hidroxicloroquina e a ivermectina, já têm eficácia comprovada.
Já Francisco Eduardo Cardoso Alves é especialista em Infectologia pelo Instituto Emílio Ribas e diretor-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP). O médico é apontado como um dos coautores da nota informativa do Ministério da Saúde que dava orientações para o tratamento precoce da Covid-19.
“O doutor Francisco Eduardo Cardoso Alves possui ampla experiência na área clínica em doenças infectocontagiosas, parasitárias e tropicais (consultório, ambulatório, enfermaria, emergência e terapia intensiva), e como médico intensivista plantonista em hospitais de doenças infecciosas, tanto da rede pública quanto privada”, afirmou o senador Ciro Nogueira no requerimento.
Votação de requerimentos
Antes da oitiva com os médicos, os parlamentares devem votar 11 itens que constam na pauta da sessão. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o senador Alessandro Vieira (sem partido) apresentaram um pedido para ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel em reunião reservada.
Durante depoimento nesta quarta-feira (16), o ex-juiz federal afirmou ter “fatos gravíssimos” para revelar sobre a intervenção do Palácio do Planalto no combate à pandemia. Witzel, no entanto, ressaltou que só apresentaria os supostos fatos em sessão com portas fechadas.
“A ser reputada verdadeira a alegação do senhor Witzel de que teria material robusto a oferecer a esta CPI, corroborando fatos graves que pretende expor reservadamente, julga-se conveniente a sua oitiva nesses termos”, disse Alessandro Vieira.
Devem ser votados, ainda, os pedidos de convocação do atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do secretário estadual de Saúde fluminense, Alexandre Chieppe.
O senador Alessandro Vieira também solicitou, a partir de declarações de Witzel, requerimentos para a transferência de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de seis entidades: Instituto Unir Saúde, Viva Rio, Associação Filantrópica Nova Esperança, Associação Mahatma Gandhi (OS), Instituto dos Lagos Rio (OS) e Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas).
*Com informações da Agência Senado