Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Na manhã desta quinta-feira (1º de julho), a CPI da Covid ouvirá Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante da empresa Davati Medical Supply e que afirma ter recebido pedido de propina de um diretor do Ministério da Saúde em troca de um contrato de fornecimento de vacinas.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Dominguetti acusou que, em fevereiro deste ano, o então diretor de Logística da Saúde, Roberto Ferreira Dias, pediu propina de US$ 1 por dose de vacina. A negociação envolveria 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford.
Horas após a publicação da reportagem, o ministério anunciou a exoneração de Roberto Dias. Para a GloboNews, o ex-diretor negou ter pedido propina e disse que se tornou alvo de retaliação por parte de Dominguetti porque pediu a ele que comprovasse representar a AstraZeneca, o que, segundo Dias, nunca aconteceu.
A AstraZeneca informou que não tem intermediários no Brasil. Em nota, a farmacêutica afirmou que todas as doses de vacina do laboratório estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais, como o consórcio internacional Covax Facility.
A empresa acrescentou que não disponibiliza vacinas para o mercado privado nem para prefeituras e governos estaduais.
Em nota nesta quarta (30), a Davati disse que Dominguetti não tem vínculo empregatício com a empresa e atua como vendedor autônomo. “Nesse caso, ele apenas intermediou a negociação da empresa com o governo, apresentando o senhor Roberto Dias. Sobre a denúncia relatada por Dominguetti, de que o Ministério da Saúde teria solicitado uma ‘comissão’ para a aquisição das vacinas, a Davati afirma que não tem conhecimento”, acrescentou a empresa.