O ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR ) para que fosse suspensa uma decisão, tomada por ele, que autoriza uma ação da Polícia Federal contra empresários pró-Bolsonaro. De acordo com o Moraes, o recurso da procuradoria foi apresentado fora do prazo previsto na legislação.
“O Agravo Regimental interposto pela Procuradoria-Geral da República, protocolado em 9/9/2022, é manifestamente intempestivo, pois foi protocolado somente em 9/9/2022, após 18 (dezoito) dias da intimação, quando já esgotado o prazo de 5 (cinco) dias previstos no art. 337, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal”, decidiu Moraes.
“Assim, diante de sua manifesta intempestividade, não conheço do agravo regimental”, escreveu Moraes.
A PGR usou posts antigas do próprio Moraes, nas redes sociais para contestar a decisão que embasou a operação contra empresários em agosto.
No recurso apresentado ao STF, a PGR anexou um tweet de Moraes contra o jornalista Guilherme Amado autor da reportagem que foi usada como base pela Polícia Federal no pedido feito ao STF para realizar a operação contra os seis empresários.
Na publicação citada, Moraes o acusa de publicar uma notícia falsa. O tweet é de setembro de 2020 e se refere a uma reportagem que dizia que o ministro teria contraído a Covid-19.
“Informo que é mentirosa e inconsequente a nota da revista época do colunista Guilherme Amado, que deveria ser mais profissional e ter mais cuidado antes de espalhar fake news. Me submeti ao exame necessário, após a posse do Presidente do STF, e o resultado foi negativo”, disse Moraes em 2020.