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Em lives com investidores, o ministro da Economia Paulo Guedes comentou sobre a possível necessidade de compensações financeiras para uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial.
A declaração foi dada nesta quinta-feira (11). Ele citou a possibilidade de inserir uma cláusula de calamidade pública no texto da PEC do Pacto Federativo que está em debate no Senado. A medida permite ao governo gastar recursos em caso de crise da mesma forma que em 2020.
Ao mesmo tempo, despesas futuras, como o reajuste de salários dos servidores públicos, teriam que ser suspensos por algum período.
“Temos esse dinheiro. Agora, precisamos de uma PEC de Guerra que nos autorize primeiro. E segundo, está embutido um compromisso de responsabilidade fiscal. Suponha-se que a doença dure, em vez de 3 meses, 6 meses. E se ela ficar 1 ano? Nós precisamos desse protocolo. Vamos dar esse auxílio e observamos os próximos 3 meses”, disse Guedes em live da Sociedade Nacional de Agricultura.
Poucos minutos depois, em videoconferência do BTG Pactual, Guedes explicou que sem compensações fiscais o retorno do auxílio irá desencadear em uma aceleração da inflação, o que penaliza o orçamento dos mais pobres com o aumento dos preços –principalmente os dos alimentos.
Outros exemplos citados pelo ministro são uma possível elevação da taxa básica de juros, hoje na mínima histórica, e do câmbio:
“Se você lança uma coisa sem a outra, você desestabiliza os mercados. Aí começa o desequilíbrio do dólar, a inflação sobe. O mercado foi compreensivo com o nosso esforço de gastar 8% do PIB em gastos primários porque viu a nossa seriedade na proteção a gerações futuras”.
Pelos cálculos feitos até agora pela equipe econômica, o coronavoucher de R$ 200 por 3 meses produziria uma despesa na casa de R$ 20 bilhões. Isso elevaria a dívida pública de 89,3% para 89,5% do PIB.