A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se reuniu nesta semana com representantes de empresas de fertilizantes do Canadá para debater o atual momento por qual passa o setor, com a redução das exportações dos insumos da Rússia e Bielorrussia. A pasta negocia o aumento da importação de fertilizantes em aproximadamente 400 mil toneladas do insumo para o Brasil.
A Rússia é o maior vendedor de fertilizantes para o Brasil, que agora busca alternativas para evitar o eventual desabastecimento deste insumo fundamental para a produção agrícola.
Os acordos devem ser fechados diretamente com empresas privadas e não serão acordos comerciais entre os dois países. A ministra se reuniu com representantes de empresas como a Mosaic e Nutrien, donas da Contopex, que respondem por 85% da produção de fertilizantes no Canadá.
Nas negociações, Tereza Cristina garantiu a redução da burocracia alfandegária nos portos brasileiros, dando prioridade ao acesso dos navios canadenses, principalmente no porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes no país. As empresas canadenses buscam, em contrapartida, além do aumento da exportação, acordos de médio e longo prazo, mesmo que a situação com a Rússia seja normalizada.
O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%. Atualmente, o Brasil é o quarto consumidor global de fertilizantes, responsável por cerca de 8% do total, e é o maior importador mundial. Em 2021, as importações brasileiras de fertilizantes foram superiores a 41 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.