No mês de março, o mercado formal brasileiro gerou um total de 244.315 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este número, embora represente uma queda de 20% em relação ao mês anterior, quando foram abertos 306.708 postos, ainda é o segundo maior para o mês de março desde 2002. O recorde histórico para o mês foi registrado em 2010, com a abertura de 322.510 empregos.
O resultado de março é derivado de 2.262.420 admissões e 2.018.105 desligamentos. Surpreendendo as expectativas do mercado, que projetavam a criação de 188 mil postos, o número real ficou bem acima. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o total de vagas abertas atingiu 719.033. Em comparação com março do ano anterior, quando foram criados 194.372 empregos, houve um aumento significativo. Nos últimos 12 meses, o saldo foi de 1.647.505 postos de trabalho, representando um acréscimo de 182.164 empregos em relação ao saldo de 2023.
Os resultados positivos se estenderam por quatro dos cinco principais setores econômicos e em 25 dos 27 estados da Federação. O setor de serviços liderou a criação de empregos em março, com a abertura de 148.722 vagas, seguido pelo comércio (37.493), indústria (35.886) e construção civil (28.666). Apenas a agropecuária registrou uma queda, perdendo 6.457 empregos formais.
São Paulo foi o estado que liderou a abertura de postos, com um total de 76.941 empregos criados em março. Minas Gerais seguiu, com 40.796 postos, e o Rio de Janeiro com 22.466. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, todos os cinco grandes segmentos de atividades econômicas apresentaram saldos positivos, com o setor de serviços liderando com 419.286 postos formais, representando 58,3% do saldo.
Dentre as atividades econômicas, as áreas de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais se destacaram, gerando 179.470 vagas. Além disso, as atividades de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas criaram 143.050 novos postos.
Na indústria, o destaque foi para a fabricação de veículos automotores e produtos alimentícios, enquanto na construção civil, as maiores elevações foram na construção de edifícios e obras de infraestrutura. A agropecuária também registrou um saldo positivo, exceto pelo cultivo de laranja, que apresentou uma perda significativa de postos de trabalho.
O comércio teve uma boa recuperação em março, alcançando um saldo positivo pela primeira vez no ano, com um acúmulo de 15.091 postos. Entre os estados, São Paulo liderou novamente, seguido por Minas Gerais e Paraná. Em relação às demografias, tanto homens quanto mulheres registraram saldos positivos, assim como a população com deficiência e os grupos étnicos, com exceção dos amarelos e indígenas, que apresentaram saldos negativos.
