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O economista Paulo Guedes declarou na noite de terça-feira (14) que, se o time que liderou durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) retornasse ao Ministério da Economia, intensificaria suas ações. As declarações ocorreram após a primeira exibição do documentário “O Caminho da Prosperidade”, em Nova York.
Guedes ressaltou que a agenda liberal seria aprofundada, destacando o aumento das privatizações, incluindo empresas como Petrobras e Banco do Brasil. Evitando críticas diretas ao governo atual, o ex-ministro enfatizou que sua visão é mais propositiva e defendeu a aplicação das teorias e práticas liberais, com menos intervenção estatal e maior participação do mercado. “É ciência”, afirmou.
Outra prioridade mencionada por Guedes é a retomada da discussão sobre o regime de capitalização das aposentadorias, inspirado no modelo chileno. Ele destacou o crescimento econômico do Chile após a adoção desse sistema, argumentando que as principais críticas ao modelo não consideram a evolução da renda per capita do país.
“A gente tem que estudar mais. Acreditar na ciência. Não gostamos de negacionistas [na economia]. Ah, mas dizem que o modelo de capitalização deu errado no Chile. Não. Pelo contrário. A renda per capita subiu tanto no Chile que, quando o cara se aposenta, ele não fica satisfeito. O que ele capitalizou é um pouco mais baixo. Então, você paga aquele suplemento”, disse Guedes.
Sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, Guedes disse que “não queria polarizar”. “Acabamos de sair, não quero entrar em confronto. Cada um fez o melhor que pode. Ninguém usou mal o legado de ninguém. É claro que houve fogo amigo, mas não de quem você falou [Bolsonaro]”, relatou.
Já sobre o modelo econômico usado e defendido pelo presidente Lula em seu terceiro mandato, o ex-ministro disse não iria comentar sobre pois não quer “ser usado para discórdia. O país não precisa disso. O país já tem demais isso”.
Ele disse que acredita que “tem que acabar com esse maniqueísmo de se foi o partido tal que fez é muito bom e tudo que o outro fez foi errado. Nós sentimos o peso da parcialidade. É ruim para o país. Espero que a gente consiga [agora] fazer o contrário do que foi feito conosco. Parcialidade. Jogo político acima dos interesses do país”.
O documentário “O Caminho da Prosperidade” aborda o período em que Guedes foi ministro da Economia, entre 2019 e 2022.
Dirigido por Paulo Moura e produzido pela Ema Conteúdo, o filme apresenta entrevistas com economistas e especialistas que acompanharam as ações de Guedes durante o governo Bolsonaro. O lançamento do filme em Nova York contou com a presença do próprio Guedes. O filme será exibido em Brasília em maio, com datas ainda a serem definidas, e estará disponível posteriormente em plataformas de streaming.