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A indústria brasileira registra um forte movimento de recuperação, com o número de empregos no setor crescendo 82,5% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última sexta-feira (27), apontam a criação de 343.924 novos postos de trabalho, um avanço em relação aos 188.427 empregos gerados no ano anterior.
Deste total, 71% das vagas foram preenchidas por jovens entre 18 e 29 anos, reforçando o papel da indústria na geração de oportunidades para as novas gerações. A região Nordeste liderou na criação de empregos, com saldo positivo de 21.706 vagas, seguida pelo Sudeste (20.026), Sul (4.996), Centro-Oeste (2.565) e Norte (2.342).
Entre os estados, São Paulo foi o maior gerador de vagas, com 9.469 novos postos, seguido por Minas Gerais (6.689), Pernambuco (6.498) e Alagoas (4.166). Dos 10 estados que mais criaram empregos na indústria, cinco são do Nordeste, três do Sudeste e dois do Sul, destacando a relevância dessas regiões no crescimento do setor.
Em agosto, foram geradas 51.634 novas vagas na indústria, das quais 98% vieram do setor de transformação. Os segmentos que mais contrataram foram os de alimentação (18.455), automotivo (3.846), borracha e plástico (2.898), couro e calçados (2.808), derivados de petróleo (2.762) e móveis (2.706).
Programas governamentais como o Mover, a Depreciação Acelerada, a retomada do Reiq, o Brasil Semicon e a Lei de TICs, aliados à Nova Indústria Brasil (NIB), que oferece R$ 342 bilhões em créditos e subvenções para projetos de inovação e sustentabilidade, têm impulsionado a retomada da indústria. Com esses incentivos, o setor produtivo já anunciou planos de investimento de mais de meio trilhão de reais nos próximos anos, com destaque para o setor automotivo (R$ 130 bilhões), alimentos (R$ 120 bilhões) e papel e celulose (R$ 105 bilhões).