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A 97ª cerimônia do Oscar, realizada no último domingo (2.mar.2025), continua repercutindo nas redes sociais, mas também gerando polêmica. Após a vitória de Anora, que conquistou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Edição, além de garantir o Oscar de Melhor Atriz para Mikey Madison, de 25 anos, uma onda de ataques de brasileiros tomou conta das redes sociais.
Em resposta, o perfil oficial do Oscar no Instagram ocultou postagens relacionadas ao filme para usuários fora dos Estados Unidos, incluindo Brasil e Europa. Os conteúdos permanecem visíveis apenas em território americano.
Revolta nas redes e postagens ocultadas
A insatisfação começou quando Mikey Madison desbancou Fernanda Torres, protagonista de Ainda Estou Aqui, na disputa pelo prêmio de Melhor Atriz. O longa dirigido por Walter Salles fez história ao conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional — o primeiro do Brasil na categoria —, mas isso não foi suficiente para conter a frustração de parte do público nacional, que esperava ver Torres premiada.
Nas redes sociais, internautas manifestaram indignação, com comentários agressivos:
- “Desculpa, mas todos nós sabemos que este prêmio era para ser da Fernanda Torres”, escreveu uma usuária.
- “Não pisa em Xique-Xique, Bahia, em moça. Te orienta!”, publicou outra.
- “Até os filmes da Andressa Urach sobre prostituição foram melhores que esse filmezinho aí”, ironizou uma internauta.
- Em tom de ameaça, um usuário escreveu: “Desce na estação do Brás pra tu ver uma coisa”, enquanto outro afirmou: “Acabou de ter o passaporte negado no Brasil”.
As postagens ocultadas incluem o anúncio da vitória de Madison, o discurso do diretor Sean Baker, vencedor por Anora, e a celebração da vitória de Ainda Estou Aqui como Melhor Filme Internacional. No Brasil, usuários relatam que ao menos cinco vídeos estão inacessíveis, além de casos de bloqueios para interações na página oficial do Oscar. Enquanto isso, nos Estados Unidos, os discursos de Madison e Walter Salles continuam disponíveis.
Academia e Meta não se pronunciam
A restrição gerou especulações, e alguns brasileiros afirmam ter encontrado formas de contornar o bloqueio utilizando VPNs para acessar o conteúdo. Até o momento, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não se manifestou sobre a limitação, e a Meta, empresa responsável pelo Instagram, também não esclareceu se houve alterações na plataforma ou se a situação pode ser revertida.
