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O presidente Jair Bolsonaro reagiu à decisão da ministra do STF, Rosa Weber, de suspender o pagamento das emendas de relator e afirmou que há uma excessiva interferência do Judiciário no Executivo.
Na última sexta, a relatora no tribunal suspendeu a execução dessas emendas de relator, as chamadas RP-9, decisão concedida numa ação de três partidos da oposição.
O presidente criticou a ministra e disse que Weber sempre toma decisões contrárias ao governo.
“É uma (decisão) atrás da outra. A mesma Rosa Weber. Decidi zerar o imposto de importação de armas, ela achou injusto e vetou. Há um excesso de interferência do Judiciário no Executivo. Até quando quis indicar um alguém para diretoria-geral da PF houve interferência. O Supremo age demais nessas questões. A gente lamenta isso dai, não é no meu entender o papel do Supremo. Os poderes têm que ser respeitados, mas as decisões de alguns atrapalham o andamento da Nação. Quer ser presidente da República, se candidate”, disse Bolsonaro.
O presidente disse que não foi justo o argumento da ministra de que “nós estamos barganhando”.
Na sua decisão, Rosa Weber afirmou causar perplexidade que parcela significativa do Orçamento esteja sendo ofertada a grupo de parlamentares “mediante distribuição arbitrária entabulada entre coalizações políticas, para que tais congressistas utilizem recursos públicos conforme seus interesses pessoais”.
“Os argumentos usados pela relatora no Supremo não são justos. Dizer que nós estamos barganhando. Como é que eu posso barganhar se quem é o dono da caneta é o relator, é o parlamentar? E não é secreto porque está em Diário Oficial da União”, afirmou.